Depois de sete anos, DPZ volta ao mercado
Agência deixa de usar o T, de Taterka, e apresenta o novo conceito: 'Ideias icônicas constroem marcas icônicas'
Uma das agências mais tradicionais do Brasil, a DPZ&T voltará a usar a marca DPZ, com as iniciais dos sobrenomes dos três fundadores, Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza, que lançaram a agência em julho de 1968. A inclusão do T à sigla aconteceu em 2015, quando houve a fusão com a Taterka.
A agência anunciou também que passará a usar como assinatura Ideias icônicas constroem marcas icônicas, como forma de reforçar o próprio histórico de criatividade da empresa.
De acordo com os CEOs Benjamin Yung e Fernando Diniz, esse resgate é um símbolo de uma DPZ que está de volta para o futuro. “Duailibi, Petit, Zaragoza - e muitos outros talentos que por aqui passaram - tornaram estas letras tão icônicas na publicidade brasileira por um simples motivo: ideias icônicas. Esse é o legado e a vocação que seguimos perseguindo”, disse o criativo e co-CEO da agência, Benjamin Yung.
O board de liderança da DPZ, coordenado pelos dois CEOs, é formado pelos profissionais: Flavia Cortes (VP de operações e negócios), Rafaela Queiroz (VP de mídia e BI), Monica Szanto (diretora de cultura e gestão), Fernanda Miné (head de estratégia e ESG), Rejane Romano (diretora de comunicação), Marcelo Rodrigues (diretor financeiro), Fabio Losso (VP de negócios), e Marcos Yamamura (diretor de gestão e eficiência).
Atualmente, entre os principais clientes atendidos pela DPZ estão Renault, Electrolux, Ypê, Vivo, Pizza Hut, Nestlé, Ambev, Polenghi, Tok&Stok, Petrobras e Governo do Estado de São Paulo.
Fernando Diniz e Benjamin Yung assumiram a agência há cerca de um ano, quando Edu Simon, até então CEO, ao lado de Rafael Urenha e Paulo Ilha deixaram a companhia para fundar a Galeria. À época, os executivos levaram as contas de McDonald’s, Itaú e Natura para a Galeria.
A DPZ é a segunda marca icônica da publicidade que volta a ser utilizada apenas neste ano: no mês passado foi a vez de a DM9 retornar ao mercado depois da fusão da Sunset, TracyLocke e da Track, de CRM.
História de ícones
Consideradas as três letras mais famosas da criatividade publicitária no Brasil, o nome da agência é uma referência aos sócios-fundadores Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza.
Para Roberto Duailibi, a marca DPZ ultrapassa o conceito de agência de publicidade. “Ouvi centenas de vezes pessoas dizendo que o sonho delas era trabalhar na DPZ. Eu respondia que era o meu sonho também, pois construímos uma agência onde todos os profissionais sempre puderam exercer a liberdade criativa em sua plenitude”, diz Duailibi.
Além de ter conquistado o primeiro Leão de Ouro do Brasil no Festival de Criatividade de Cannes, em 1975, com o filme Homem de 40 anos, para o Conselho Nacional de Propaganda, a agência foi responsável pela criação de importantes logomarcas, como a do Itaú e a do Masp, e por “grandes ícones” da publicidade brasileira.
Entre os principais exemplos de famosos personagens e campanhas que saíram da DPZ estão o Baixinho, da Kaiser; o frango Lequetreque, da Sadia; o Leão do Imposto de Renda; o pimentão de Sundown; o mordomo Alfredo, para o papel higiênico Neve; a “morte do Orelhão”, para a Telesp; e o Garoto Bombril, eternizado pelo ator Carlos Moreno. Além de, mais recentemente, a Caverna do Dragão, para Renault.