Roberto Duailibi, Maurice Lévy, Paulo Giovanni, Tonico Pereira e Eduardo Simon

Demorou, mas saiu. A tão falada fusão da DPZ e Taterka – que irá acrescentar a letra T de Dorian Taterka à sigla mais icônica da história da publicidade brasileira – o D de Roberto Duailibi, o P de Frances Petit (falecido em 2013) e o Z de José Zaragoza. A nova DPZ&T será comandada pelos publicitários Eduardo Simon (Taterka), que assume como CEO, e Tonico Pereira (DPZ), que é o novo COO. A DPZ deixa o histórico prédio na Cidade Jardim e a nova operação passa a funcionar em um moderno prédio na Juscelino Kubstichek, em São Paulo.

A fusão foi anunciada na manhã desta quarta-feira (20) pelo “chefão” do Publicis Groupe, o publicitário francês Maurice Lévy, que veio ao Brasil para a ocasião. Atualmente, além da “nova operação”, o PPW controla outras cinco agências no país – Publicis Brasil, Salles Chemistri, AG2:Nurun e Talent. Já o Publicis Groupe  detém outras importantes redes mundiais de agências. Casos da Leo Burnett, BBH e Saatchi & Saatchi (aqui, representadas, respectivamente, pela Leo Burnett Tailor Made, Neogama/BBH e F/Nazca S&S).

A Taterka foi 100% adquirida pelo Publicis em dezembro de 2013. Desde 2010, o grupo francês já havia começado a investir nas agências de Dorian Taterka, com a compra, na época, de 5% da empresa.

Antes, em julho de 2011, os franceses já haviam estado no Brasil para comprar a DPZ – até então, uma das poucas operações com capital 100% nacional e que durante pelo menos duas décadas foi assediada pelos investidores estrangeiros, com seus sócios locais de mostrando irredutíveis à venda. Foram negociados à época 70% da operação, por um valor estimado em mais de US$ 120 milhões. A compra dos 100% foi concluída em 2012.

Vale lembrar que, no início dos anos, era a DPZ o alvo do DDB, do Grupo Omnicom, que acabou adquirindo a DM9 de Nizan Guanaes.

Atualmente, a DPZ tem entre seus principais clientes Itaú, Azul, Vivo e Bombril. Já a Taterka atende a conta de Natura e McDonald’s. Em relação ao ranking do Ibope Monitor, estão praticamente juntas – em 31º e 30º lugares, com faturamento em compra de mídia que somados geraram mais de 400 milhões de reais no primeiro trimestre. O que faria da agência a 15ª do ranking, segundo dados do primeiros trimestre de 2015.