Papel & Caneta aponta 30 jovens que transformam o mercado

Lista reúne jovens das áreas do audiovisual, design, entretenimento, relações públicas e publicidade (Divulgação)

A Papel & Caneta, entidade setorial sem fins lucrativos, lançou a lista de 30 vozes que lutaram para tornar 2021 um ano melhor para a indústria da comunicação.

A nova lista reúne um time de profissionais com experiências diversas nas áreas do audiovisual, design, entretenimento, relações públicas e publicidade.

Nesta terça-feira (14), a entidade promoveu um evento, com apoio da FLAGCX, para que as pessoas pudessem se conhecer, compartilhar suas jornadas e entender como podem se apoiar.

Entre os selecionados estão nomes como Felipe Silva que, este ano, deixou de lado a vida de redator em agência para comandar a Gana e continuar dando vida a Escola RUA, a primeira escola de publicidade gratuita do país.

A lista também inclui Juliana Petermann, professora do Rio Grande do Sul que lidera o 50/50 para debater sobre equidade de gênero com alunas de universidades de todo o país, além de Pedro Bonn, do Rio de Janeiro e fundador da plataforma de cultura negra AUR que lançou, em novembro, um álbum com nove faixas e nove videoclipes para dar visibilidade a talentos negros da música.

“Estar na lista tem o valor do reconhecimento do trabalho, mas significa, sobretudo, que o caminho é esse e que tem muita gente boa caminhando para o mesmo lado”, afirmou Juliana.

Confira a lista completa:

Pedro Bonn, empresário da dupla YOÙN e fundador da AUR, grupo de mídia focado em comunicar cultura e experiências negras na música e no entretenimento.

Yago Freitas e Stella Gaffo, criadores do SOMA, um programa gratuito de aprendizado e mentoria, em parceria com a agência AKQA.

Gabriela de Paula e Camila Tuon, fundadoras do selo CeGê, que criou filmes, videoclipes, fotografias e publicidade dando prioridade para pessoas negras, independente da formação acadêmica.

Leo Ribeiro e Yudi Nakaoka, fundadores do Crias do Plan, programa de apadrinhamento profissional que oferece suporte técnico e emocional para que jovens negros, periféricos e LGBTQIA+.

Paula Sousa, redatora e criadora do Mãellennials, iniciativa que discute parentalidade e maternidade no mercado.

Priscila Tapajowara e Lívia Kumaruaura, criadoras do Nató, um coletivo para formação de jovens indígenas e que também atua como uma produtora audiovisual.

Zé Celso Oliveira e Victor Emeka, que lançaram a The Hiretone Palette, uma paleta de cores para representar os tons de pele de profissionais contratados pelo mercado publicitário.

Juliana Petermann, professora da Universidade Federal de Santa Maria no Rio Grande do Sul e idealizadora do 50/50, programa que une professoras e alunas de graduação e pós-graduação como forma de debater sobre equidade de gênero na publicidade através de rodas de conversas, oficinas e palestras.

Renan Damascena e Thamara Pinheiro, que lideram AUÊ, um hub criativo de impacto e inteligência cultural, e criaram o Radar Preto, que mapeia semanalmente assuntos relacionados à raça e periferias do Brasil na música, bem estar, entretenimento e inovação.

Alan Costa, fundados do AfroBapho, coletivo de 17 jovens negros LGBTIA+ que atuam como produtores culturais, atores, dançarines, cantores e drag performers.

Julia Beltrão, que lançou a iniciativa “Wakanda is Here“, dentro da agência Mynd e que funciona como um núcleo para impulsinar pessoas pretas na publicidade.

Nay Mendl, Rosa Caldeira e Well Amorin, fundadores da Maloka Filmes, produtora audiovisual que trabalha com direção criativa e faz curadoria e coordenação de festivais reunindo saberes pretos, transviados e periféricos.

Flora de Carvalho e Dominique Kronemberger, designers e sócias do estúdio Passeio, que lançaram a Revista Recorte, um site, perfil no Instagram e revista anual com textos críticos e acessíveis sobre design.

Felipe Silva, que deixou a carreira de redator em agência para comandar a sua própria com um time formado apenas de profissionais negros, a Gana, e conduziu o projeto Escola RUA, que tem como missão ajudar estudantes negros, periféricos e LGBTQIAP+ a entrar no mercado.

Luana Protazio, Mariana Moraes e Pryscila Galvão, que comandam o RPretas, um coletivo de relações públicas que, este ano, mapeou e estabeleceu conexões com profissionais negros da área de RP por todo o país.

Felipe Simi, Edu Zanelato, Ariel Nobre e Bárbara Lima, que criaram o Observatório da Diversidade na Propaganda, uma entidade setorial sem fins lucrativos que busca unir as principais empresas da indústria para avançar mais rapidamente a pauta de diversidade & inclusão.