Qual é o potencial publicitário dos participantes do BBB 22
Estudo da IMO Insights revelou quais as abrangências, público e awareness dos brothers e sisters da edição deste ano do reality da Globo
Além de ser um 'palco' para as inúmeras ações de marcas, o BBB também é um reality que a cada edição tem revelado nomes para o rol de influencers. Tanto que, de uns anos para cá, boa parte dos participantes entra na casa com os olhos mais voltados para o que o programa pode agregar, por exemplo, em termos de seguidores para as suas redes sociais.
Levantamento realizado pela IMO Insights revelou o potencial publicitário dos brothers e sisters do BBB 22, levando em consideração a popularidade de cada participante, o awareness e dividindo os enfoques de campanha que podem se adaptar melhor para cada participante.
Segundo o estudo 'De Olho no BBB', Arthur Aguiar, Jade Picon, Pedro Scooby, Paulo André, Linn da Quebrada e Douglas Silva seriam nomes classificados pela pesquisa como 'abrangentes', ou seja, com capacidade para campanhas de alcance nacional e para o público em geral.
Em outra parte, chamado de 'público direcionado', estão os participantes Tiago Abravanel, Naiara Azevedo, Brunna Gonçalves, Maria e Natália. Para o estudo da IMO Insights, esses nomes teriam potencial para campanhas nacionais, no entanto, com foco em um público específico.
Jessilane, Eslovênia, Gustavo, Rodrigo e Vinicius são, segundo o levantamento, seriam personagens para ações de nicho, com um alcance menor, e voltado para um público específico. Por fim, Lucas, Bárbara, Eliezer, Luciano e Laís teriam um potencial limitado a ações de redes sociais e de publi posts.
Eduardo França, coordenador do Curso de Comunicação e Publicidade da ESPM Rio, garante que a identificação é o ponto principal para as marcas decidirem quem deve ser o rosto das campanhas. "As nossas relações se formam pela aproximação identitária. A gente não se atrai pelo oposto, isso é uma lenda urbana que se criou. A gente se aproxima pela semelhança, pela paridade", afirmou.
De acordo com a pesquisa, a imagem pessoal e os acontecimentos de dentro da casa moldam em quais categorias de publicidade cada um dos participantes se encaixa melhor.
A junção de pessoas famosas com anônimos no BBB abriu um leque ainda maior para as empresas, mas é possível afirmar que, nas últimas duas edições, os participantes anônimos foram os que mais chamaram a atenção das marcas.
Um dos principais exemplos é Juliette Freire, vencedora do BBB 21, que entrou no programa no grupo dos Pipocas e se tornou um case nas redes sociais, com mais de 30 milhões de seguidores e um alto poder de engajamento, o que fez com que a paraibana se transformasse no rosto de diversas marcas, como Americanas, Samsung, Avon, entre outras.
“No início do programa, a Juliette mostrou um 'eu' que as pessoas se identificaram e acabou gerando uma legião de fãs que se viam nela. Esse processo todo acontece porque a população se projeta nessas pessoas que ganham visibilidade, porque elas legitimam as nossas causas e as nossas expectativas”, explicou Eduardo França, coordenador do curso de Comunicação de Publicidade da ESPM Rio.
Para o professor da ESPM do Rio, os participantes da Pipoca humanizam as marcas, fazendo com que ela se conecte melhor com o público-alvo. "Eles são a representação e trazem a humanização da marca, porque toda marca vai ter seus traços de valores, personalidade. Todo processo começa olhando uma demanda, uma lacuna e ali se constrói uma relação, buscando justamente essa proximidade identitária", completou o coordenador.
Legitimidade
Luciéllio Guimarães, fundador da Imagem Academy e estrategista de Imagem Social, o público do BBB busca representantes legítimos, que, segundo ele, só serão legitimados com valores e condutas que traduzam a imagem real da sociedade.
"O caráter da personalidade é única e o contrário disso será sempre imitação. Acredito que o fenômeno Gil e Juliette tiveram uma força absurda porque as pessoas ficaram em casa, de quarentena. E eles puderam mostrar suas personalidades para mais pessoas. Neste ano a audiência voltou a circular nas ruas e não ficou tanto tempo em casa", disse o especialista.
Já para Gustavo Almeida, diretor de produtos e relacionamento da MField, salientou que o grupo formado por celebridades sempre entra no reality da Globo com uma 'pequena vantagem' em relação ao grupo dos anônimos. "Para que os participantes se sobressaiam e ganhem a audiência, é preciso que sejam participativos e disruptivos, que foi o que não aconteceu com os pipocas nessa edição, voltando assim, a atenção para os camarotes", destacou.
Diretor artístico da Mynd, Julio Beltrão disse que o mercado publicitário está carente de 'novos rostos' e que, nesta edição, um dos destaques é a Linn da Quebrada. "[Ela], com certeza, vai ser muito abraçada pelas marcas, já que é uma personalidade muito representativa para a comunidade LGBTQIA+", exemplificou.
Ainda de acordo com o executivo, são fatores como esse que é preciso focar, pois o BBB não são apenas sobre números e o boom, e sim, sobre a relevância. "Para o público, pode não estar sendo o BBB mais esperado, mas com certeza para todos os participantes e para todas as marcas é o BBB de milhões", disse. "Então, acredito que vamos ter sim muitas possibilidades, com muitos participantes trabalhando e muitas conversas sendo criadas", finalizou.