Pesquisa realizada pelo IMO Insights revelou ainda outros meios de consumo do reality, assuntos de maior preferência e conversão das marcas patrocinadoras

Quando o Big Brother Brasil estreou na TV brasileira, há exatos 20 anos, o mundo era outro: ainda não havia rede social, plataformas de vídeos e nem os inúmeros aplicativos que estão hoje a um clique de distância. Além disso, o meio de consumir o reality ficava restrito apenas à televisão, um cenário totalmente diferente do que existe atualmente.

Então, diante de tantas ferramentas e tecnologia, como pode ser definido o público que assiste ao BBB 22? Se fosse possível personificá-lo, como ele seria? Um mapeamento realizado pela IMO Insights revelou que a maior parte das pessoas que acompanham o BBB 22 são os chamados Millenials, com 54% – sendo que, desse total, 46% também acompanharam a maiorias das outras edições.

A pesquisa 'De Olho no BBB' mostrou ainda que, em relação ao meio por onde esse público acompanha o que tem rolado dentro do reality, a Globo é a primeira da lista, com 76%, seguido do Instagram, com 36%, e sites de cultura pop, com 32%.

Para Carol Bonometti, sócia e data connector da IMO, o consumidor do BBB é de classe média, da região sudeste (60%), que trabalha e acompanha assuntos de entretenimento nas horas de descanso e pausas no trabalho.

"São pessoas que valorizam a interação nas redes sociais, usam assuntos de interesse para ampliar este diálogo e ter uma experiência multitelas com tudo o que gostam de assistir e acompanhar. Para eles, parte da graça de tudo é comentar online e rir com os memes", exemplificou Bonometti.

O levantamento da IMO Insights apontou, também, que a maioria do público (59%) assiste ao BBB todos os dias. A formação do paredão aparece na sequência, com 23%. Além disso, 20% do público assiste ao programa para acompanhar o que está sendo falado na mídia.

A IMO Insights, por meio do mapeamento, revelou que o público que acompanha o BBB é mais conectado do que a média da população. O interessado no programa tem uma incidência maior de interesse por diferentes mídias, além de acompanhar outros conteúdos em vários formatos.

Durante o dia, por exemplo, os fãs do reality consomem conteúdos de criadores em plataformas diferentes, que comentam ou satirizam o programa. Por isso, de acordo com o estudo 'De Olho no BBB', esse hábito torna o Big Brother Brasil uma experiência de conexão e interatividade maior do que a própria Globo consegue planejar.

Conversão dos patrocinadores
Segundo Bonometti, a alta exposição das marcas em um programa de grande audiência como BBB as aproxima do público com novas mensagens, e desperta um interesse pelos produtos que são mostrados na casa.

"A exposição contribui para a marca ficar mais conhecida e, pela repetição da mensagem em multiplas aparições no programa, constrói de maneira mais intensa e rápida uma imagem de marca no imaginário do público", explicou a sócia da IMO.

Em relação ao awarness, a 99 foi uma das marcas patrocinadoras com maior impacto positivo. De acordo com a executiva da IMO, aparecer semanalmente no almoço do anjo fortaleceu, em uma evolução constante, no funil de marca como um todo, permeando até a intenção de compra.

"Construir uma marca e crescer awareness em nível nacional é um trabalho árduo, que requer investimento consistente em mídia por meses e até anos, mas no BBB se colhem resultados com muito mais intensidade e rapidez", disse Bonometti.

O 'De Olho no BBB' mostrou também a evolução das marcas patrocinadoras do reality. Detalhe: todas elas têm uma taxa de conversão acima de 40%, sendo que a média geral deste dado é de 54%.