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A diferença salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função é fato conhecido que vem provocando debate e reflexão em diversas empresas, na mídia e nas redes sociais. Agora a questão chegou ao mundo dos games (e-Sports).

Para entender melhor os efeitos do fenômeno no longo prazo, Vivo e Gamers Club reuniram jogadores do popular Counter Strike para uma disputa tão desigual quanto a verificada no mercado de trabalho. Na ação, a cada rodada um dos times recebia 32% menos que o adversário, exatamente a diferença média na remuneração de homens e mulheres. Ao final do jogo, o time prejudicado terminou com uma desvantagem de 62,5%.

A iniciativa, batizada de e-quality, reuniu alguns dos mais consagrados gamers do Brasil para impactar o público jovem. A verba reduzida dificultou a compra dos principais itens do jogo, algo essencial para garantir uma disputa justa entre as equipes. Com menos dinheiro e, consequentemente menos equipamentos, o time afetado foi pouco a pouco perdendo sua capacidade de competir de forma justa.

Assim, mesmo com o reforço do craque Lincoln “FNX” Lau, seis vezes campeão mundial da categoria, o time B, que também contava com Shay, Olga, XRM e Gio, perdeu a disputa. O time A, formado por Spacca, Guizao, Cammy, Gabs e Isa B, venceu por 16 a 6, uma desvantagem percentual de 62,5%. Ou seja, os pagamentos menores trazem, ao longo do tempo, consequências muito maiores. 

A ação está sendo compartilhada pelos principais influenciadores da área de games, pela Gamers Club, empresa de desenvolvimento da comunidade de e-Sports do Brasil, e pela Vivo, que patrocina o Vivo Keyd, um time de e-Sports do qual as jogadoras Gabs e Shay fazem parte.