A Milk começa 2017 com comemoração. A agência passa a ser a responsável pela conexão da Oakley com esportistas de performance e vai trabalhar com uma plataforma de influenciadores/embaixadores, monitorados por ferramentas para saber o nível de engajamento desses influenciadores e da base de seguidores deles.

“A Oakley é conhecida como marca para prática esportiva, mas ainda não há tanto conhecimento das novas tecnologias, por isso a gente quer apresentar isso de uma forma legal para a galera de performance”, explica o CEO e sócio da agência, Ricardo Santos.

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Embora seja conhecida no mercado como uma agência de marketing esportivo, a Milk, que em 2017 completa 13 anos de existência, não surgiu com este rótulo. “Nascemos como uma agência de comunicação convencional, sendo que viemos do universo do marketing direto”, conta Santos.

Além de Santos, a sociedade é composta por Rodrigo Raso, COO e CIO, e Juliana Cassino, diretora de atendimento. Em comum, os três têm o interesse pelo esporte e trabalhavam com marketing direto. O nome Milk veio de uma brincadeira com comunicação integrada. A meta é ser integral como o leite.

“Hoje a Milk é classificada assim porque desta forma é mais fácil explicar o que a gente faz, mas eu não considero que somos marketing esportivo. É uma junção da inteligência do marketing direto com uma forma de remuneração diferenciada, já que não cobramos comissão”, conta Santos.

Entre os clientes estão Laboratório Bagó, Targus, a academia Studio220, a linha Levi’s Commuter para ciclistas urbanos, e Centauro.

O foco da Milk são ações que, além de gerar relevância, tenha apelo para ser compartilhada nas redes sociais. “A gente faz ações que, de acordo com a nossa metodologia, precisam ter um conteúdo relevante, o fator ‘uou’, e gerar shareable moments”, conta. Para o executivo, o fator “uou” é o toque surpreendente que deixa os participantes boquiabertos.

Entre as ações realizadas pela agência recentemente está o lançamento do tênis Evoknit da Puma. Os influenciadores foram convidados a testar o tênis correndo pelas ruas de São Paulo, desde o Ginásio do Ibirapuera até o Centro, onde participaram de uma sessão de tatuagens e beleza.

A proximidade com o mundo dos esportes veio um pouco por acaso. Quando, em 2006, Raso entrou na sociedade, ele trouxe a conta de Tylenol AP, um medicamento para dor muscular. Ele criou um clube de corrida como programa de relacionamento. “Os médicos participavam das principais provas e tinham um hospitality center de Tyletol AP. Eles se relacionavam com os propagandistas da Johnson & Johnson. Como a gente veio do marketing direto, tem a preocupação com KPI, ROI, programa de CRM, entender seu público etc. A gente media receituários e sabia que a quantidade de indicações do medicamento aumentava quando tinha um bom relacionamento com os médicos”, fala.

Com essa expertise, as marcas passaram a se interessar pela agência. Foi assim que, em 2009, a Nike procurou a Milk. A parceria durou sete anos, até o ano passado. “Nós viramos a agência de grass roots e running da Nike. Fizemos todo o desenvolvimento do NRC (Nike+Run Club) no Brasil e a transição (do posicionamento) de performance para jovens”, fala.

Quando as organizadoras de corrida de rua perceberam que podiam procurar os anunciantes diretamente para oferecer as ativações antes usadas pela Milk, a agência percebeu que teria de mudar o foco. “A gente entendeu que não era especialista em running, mas em praticantes de corrida, e era um hub de conexão. De um lado, têm as empresas e, do outro, os canais: assessorias esportivas, academias, clubes, parques públicos… A gente faz conexão com gente saudável”, afirma.