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Com mais de sete mil sites parceiros, a Cazamba está posicionada como a quarta adnetwork do país (atrás do Google, Yahoo e UOL) em audiência, com cerca de 30 milhões de usuários únicos, de acordo com dados da própria empresa. Mas mais do que isso, segundo o sócio e business development André Freitas, a Cazamba é hoje uma companhia de mídia e tecnologia. “O nosso objetivo é veicular uma mídia diferente”, destaca o executivo.

O negócio da Cazamba é vender formatos customizados e de alto impacto no digital, para possibilitar mais interação das marcas com seus públicos. “Nossa premissa é fazer um formato de anúncio para que as marcas tenham uma interação mais legal com os usuários, além dos banners quadrados”, diz Freitas.

De acordo com ele, várias montadoras trabalham com a Cazamba por causa da flexibilidade nos formatos das campanhas. “A gente coloca o carro para girar, o usuário consegue trocar de acessório, trocar de cor, de roda. Mostramos tudo o que tem no painel do veículo, que também acende, por exemplo”, destaca. Freitas conta que para o Spotify, eles sugeriram colocar música dentro da propaganda. “Eles gostaram tanto do resultado do nosso trabalho que criaram junto com a gente um formato para a nossa rede”. 

Ele explica que a Cazamba não cria campanhas, mas sim formatos de anúncios diferentes e customizados de acordo com as necessidades das marcas para o ambiente digital. Ele considera que o mercado de publicidade digital está muito amarrado aos formatos do IAB (Interactive Advertising Bureau). Para Freitas, é cada vez mais importante que os criativos das agências participem das reuniões, dos briefings das campanhas, para que a criação das peças chame a atenção do público.

“Estamos preocupados, porque a publicidade digital está muito chata. O banner IAB é limitado. A gente não consegue fazer grandes coisas criativas, de impacto. Temos muito medo disso, de estarem matando a criatividade online. A gente sempre apostou que os criativos estejam em volta das campanhas, estamos cada vez mais pleiteando que as pessoas criativas estejam mais envolvidas na campanha”, ressalta.

ROBOTIZAÇÃO

A Cazamba começou a enxergar também que a mídia programática está cada vez mais robotizando o processo. “Nós fazemos mídia programática, mas acho que somos a única empresa do mundo que trabalha formatos não padrão na mídia programática. O nosso medo é que cada vez mais os filtros e a automatização da coisa acabem enforcando a criatividade. Acho que, às vezes, só o vídeo não resolve. Às vezes, o cliente quer fazer uma votação, virar o carro. Temos um cliente para quem estamos montando um sistema completo de votação online”, conta.

Para driblar o ano difícil, Freitas destaca que a Cazamba começou a procurar marcas de médio porte para tentar levá-las para o mundo digital. “Com a Copa do Mundo, as marcas que não participaram do evento retraíram seus investimentos. Com as eleições, o governo tem de parar de gastar antes. Temos muitos clientes do governo, como Caixa, Ministério da Saúde, Petrobras e Banco do Brasil. Eles desaceleram muito”.

Outro viés forte da Cazamba é a segmentação da publicidade. “Identificamos que se vendessemos baseados em segmentação não encheríamos o saco dos usuários, como vender perfumes femininos só para mulheres. A gente começou a se aprofundar muito nessa questão da segmentação”, conta Freitas, que tem como sócio Victor Canô.