Fernando Barros, presidente da PropegUma das principais contas governamentais com um orçamento anual de comunicação publicitária próximo dos R$ 600 milhões, fora os aditivos de 25% anuais previstos pela lei de licitações (8.666), a agência Propeg busca espaço na cadeia de fornecedores da Caixa Econômica Federal após a saída da Borghi/Lowe (atual Mullen Lowe Brasil), envolvida na operação Lava Jato.

Para fazer seu direito, que na opinião do presidente da Propeg, Fernando Barros, deveria ser automático, a agência entrou com recurso administrativo na área jurídica da Caixa há cerca de duas semanas. O argumento é simples: no processo seletivo realizado há dois anos, foram eleitas as agências Borghi/Lowe, Artplan, Heads e Nova/sb e um dos itens do edital enfatizava que o número de agências contratadas seria quatro. Como quinta colocada, imediatamente após a Artplan, a Propeg quer fazer parte do grupo de agências do banco com base no critério legal.

Barros contratou o escritório Nilmar Galvão para fazer a defesa junto à diretoria de assuntos legais do anunciante. “Como há consistência jurídica, resolvemos fazer valer o nosso direito. Acreditamos que a Propeg deveria ser convidada automaticamente, mas já que não foi assim, resolvemos questionar. Esperamos ganhar porque há garantia legal”, disse Barros que, após esgotados os trâmites na esfera administrativa, vai recorrer à justiça comum. “Não devemos chegar a esse ponto, mas é uma hipótese que trabalhamos”, acrescenta o presidente da Propeg.

A Caixa Econômica Federal pode não renovar os contratos com as agências e formalizar nova concorrência.