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A Santa Clara comemorou dez anos semana passada e anunciou duas novas unidades de negócios. A Santa PME nasce com foco em clientes com verbas de marketing mais restritas, entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões anuais. Ulisses Zamboni, sócio, presidente e diretor de planejamento da Santa Clara, explica que construíram uma técnica que mistura digital e offline, “este último com estratégia de negócios, que consegue atender clientes com verba mais enxuta”.

Ele lembra que, ao longo destes dez anos, a agência foi procurada pelos mais variados tipos de anunciantes, o que inspirou os executivos a pensarem num modelo de negócio que fosse mais abrangente. “Temos usado uma técnica que consegue dar aos clientes uma comunicação robusta”, afirma.

Já a Santa Clara Corporate, a segunda unidade de negócio que foi anunciada pela direção da agência, vai fornecer um menu de opções para clientes que querem gerir suas marcas na liquidez do mundo digital com uma série de ferramentas proprietárias que dão ao modelo um atrativo único.

“A Santa Clara Corporate reflete o conceito do Inbound PR, que pressupõe que a reputação de uma marca com o mundo digital está sendo regulada e até construída pelos agentes influenciadores externos à própria corporação, seja pelos digital influencers, pela opinião pública que tem voz ou pelos consumidores ativistas que vemos todos os dias”, explica Zamboni.

O executivo conta ainda que, nos últimos dois anos, a agência tem se concentrado bastante no mundo digital, uma tendência clara do universo da comunicação. “A gente tem um perfil muito mais completo hoje de abordagem porque fazemos muitos projetos digitais que antes não conseguíamos fazer”.
Os novos negócios demandarão investimentos de R$ 5 milhões e a expectativa é de que venham a representar 30% a 40% das receitas da agência nos próximos três anos.

CRIATIVIDADE
Ao longo desta última década, a Santa Clara se posicionou no mercado como uma das agências mais estratégico-criativas do Brasil. Algumas contas acompanharam a maior parte dessa história, como o Grupo Takeda, detentor das marcas Neosaldina, Multigrip, Nenedent, Nebacetin e Eparema – que está em concorrência, da qual a própria Santa Clara participa -; a J. Macedo, das marcas Dona Benta, Sol e Petybon; e o Grupo Boticário, com Eudora e Quem disse, Berenice? Hoje, a agência tem uma carteira com mais de 15 clientes. Recentemente, a agência conquistou as contas da Outback e Tokio Marine.

Outro fato relevante na trajetória da agência ocorreu no ano passado, quando fechou uma parceria com a M&C Saatchi, um dos principais conglomerados de comunicação do mundo. “A M&C abriu nossas portas para o mundo e possibilitou uma fértil troca de novas tecnologias e metodologias”, afirma Zamboni.

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Fernando Campos, sócio e CCO da Santa Clara, contou que a agência foi construída por meio de uma visão crítica do mercado. “Nós sabíamos qual tipo de agência queríamos”, destaca. “O nosso portfólio é formado pela reputação da agência do mercado”.

Um dos exemplos de parceria e trabalho é a Neosaldina, que foi um dos primeiros clientes da agência. “Nunca houve no mercado farmacêutico uma love brand e a Neosaldina tem esse papel. Neosaldina é uma campanha que as pessoas comentam em festa de criança”, brincou. Paulo Pamonha foi um dos protagonistas da campanha. Outro exemplo citado por Campos foi o da Quem disse, Berenice?, marca de O Boticário. “Queríamos que a agência fizesse de fato a consultoria de comunicação, uma psicologia de consumo”, conclui.

No próximo dia 29, em São Paulo, a Santa Clara fará um workshop especial com Mikael Ahlström, empreendedor sueco e diretor da Hyper Island na Suécia, juntamente com Anders Sjostedt, fundador da escola digital em Nova York e Nathalie Trutmann, diretora para a Hyper Island na América Latina.

Ahlström irá falar sobre os desafios de um mundo não-linear, como as informações estão sendo utilizadas na era digital e que impacto têm tido sobre o cotidiano.

Já Sjostedt falará sobre a transformação dos negócios em um mundo acelerado e como as empresas estão sendo atingidas pela tecnologia e mídias digitais. Abordará ainda os desafios que os líderes enfrentam hoje à frente de pequenas e grandes empresas.