A VML reestruturou o seu departamento de mídia. Anunciou novas lideranças, quebrando a tradicional hierarquia piramidal da área: ao dividi-la por disciplinas, com contato direto e permanente com grupos de clientes, busca reforçar atuação consultiva. Luciana Schwartz chegou à agência para assumir a diretoria de Mídia Omnichannel, enquanto Caio Castro lidera a diretoria de Mídia Performance e Camila Cerniauskas está à frente da diretoria de Mídia Branding Digital.

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Fernando Taralli, presidente da VML Brasil, explica que o contato com os clientes de fato passa a ser diário. “Afortunadamente, a mídia brasileira passa a ter de trazer métricas, controle e eficiência muito maiores. O ecossistema de consumo de meios mudou e estimulou a profissionalização ainda maior da área. Na estrutura horizontal, cada diretor tem interação direta com o cliente no dia a dia”, explica o executivo.

As três divisões são novas. O novo trio de diretores de mídia vai comandar uma equipe multidisciplinar formada, entre as operações em São Paulo e Rio de Janeiro, por cerca de 35 profissionais atendendo à carteira de clientes, que conta com anunciantes como Bridgestone, Crefisa, Expedia, FAM, Docol, GoDaddy, Grendene Kids, Kimberly-Clark (Intimus, Plenitud e Huggies), Mattel, Ministério Público do Estado de São Paulo, Netflix, Nespresso, Oi Telecom, PayPal, Raízen/Shell, Universal Pictures, Verisign e Youse.

Luciana – que trabalhou em grandes agências como Y&R e AlmapBBDO, e mais recentemente na Peralta – terá sob seu comando clientes com características de awareness massivo ou 360º, e em cuja estratégia o offline ocupa parte importante. Já Camila atenderá clientes para os quais a VML é a agência digital, enquanto Caio atuará junto a clientes focados exclusivamente em Performance, como Oi (que a VML atende na área de venda direta), Crefisa, Youse e FAM.

De acordo com Taralli, o novo formato, delineado a partir de uma série de experiências bem-sucedidas em múltiplas plataformas, está alinhado com a meta mundial da VML de se tornar o principal parceiro dos seus clientes. “O mercado hoje demanda tamanha atenção e tamanho cuidado que não há mais espaço para uma figura de liderança na mídia que não tenha contato direto com o cliente. A pressão por métrica, dado, otimização e inovação é contínua”, observa.

Inovação essa, claro, que não se restringe ao meio digital. “Os veículos como um todo estão mais abertos para inovar, receptivos a montar projetos especiais, e se profissionalizaram muito no Brasil”. No centro das mudanças estão, na visão de Taralli, novas formas de remuneração na publicidade, no caso da VML principalmente o fee, que, segundo ele, demanda maior dedicação, que a agência se torne uma extensão do cliente, com acesso a mais dados e muitas vezes com presença física permanente no cliente”, conclui.