A segunda edição do Van Pro (Visão de Ambiente de Negócios em Agência de Propaganda), indicador da atividade publicitária criado pela Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda), aponta uma perspectiva de melhora para o acumulado do ano, um aumento de concorrências e licitações públicas, além de otimismo no setor, especialmente na região Centro-Oeste.

Divulgação

Realizada em julho, a pesquisa ouviu 167 agências de todo o Brasil sobre o desempenho do setor no segundo trimestre, para identificar tendências e acompanhar o desenvolvimento e as expectativas.

De acordo com Glaucio Binder, presidente da Fenapro, o período de um trimestre é o usual para pesquisas voltadas à evolução da economia e a Van Pro está em linha com esse comportamento. “Há a oportunidade de comparar a evolução também em relação ao ano anterior. O mercado da propaganda é bastante sensível à movimentação econômica, daí a importância de fazer verificações trimestrais”, explica.

Melhora

Pouco mais de 40% das agências entrevistadas disseram que houve uma ligeira melhora nos negócios, em relação ao mesmo período de 2016. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o desempenho melhorou para 51%. Em relação ao restante de 2017, 43,3% das agências estão preocupadas com o desempenho do terceiro trimestre. No entanto, 58,23% delas estão otimistas nas projeções para o acumulado do período, esperando crescimento do investimento publicitário. Binder comenta que os resultados indicam que o efeito da “grande turbulência política” no segundo trimestre não gerou queda significativa nos negócios das agências. “Apesar da queda de otimismo no curto prazo, a maioria projeta uma melhora ao longo do ano de 2017”, diz.

A Van Pro mostrou ainda que o Centro-Oeste é a região mais otimista quanto ao desempenho previsto no ano. 78,12% das agências projetam crescimento – sendo 100% delas no Mato Grosso do Sul; 87,5 %, no Mato Grosso; e 75% em Goiás. Os outros estados mais otimistas são Bahia e Santa Catarina, ambos com 71,43% das agências esperando crescer este ano. Pernambuco é o mais cauteloso, com apenas 36,36% otimista e 45,45% acreditando que deverá ficar igual.

O levantamento também aponta que o número de concorrências e licitações cresceu no último semestre, em relação a igual período do ano passado. O índice subiu de 43,15% no primeiro trimestre para 45,33% no segundo. O destaque novamente fica com o Centro-Oeste, puxado pelo Distrito Federal, em que 100% das agências registraram um maior número de concorrências e licitações no segundo trimestre, em comparação ao mesmo período de 2016. Em seguida ficou o Ceará, com 60%.

Outro ponto importante da pesquisa é que o setor de serviços continua sendo o mais relevante dentro dos investimentos publicitários, seguido por comércio e setor público. “No setor público, o primeiro semestre é marcado por processos licitatórios. No privado, percebe-se uma tendência das empresas em rever contratos e buscar novas soluções para seus desafios de mercado.”