Em 50 anos, de fato, muita coisa pode acontecer. Em maio deste ano, o PROPMARK completou seu meio século de existência e comprovou esta afirmação ao listar 50 inovações que marcaram o período, em uma edição especial e comemorativa pelo aniversário. Agora, neste exemplar, o leitor novamente é convidado a comemorar e celebrar mais uma inovação, essa bem particular e esperada: um novo jornal, mais moderno e prático, para continuar a reunir, semanalmente, as principais notícias do mercado. Com projeto gráfico assinado pela agência Africa, esta edição marca o início do PROPMARK em formato tabloide, papel couché e com novas seções para a distribuição de um conteúdo pioneiro.

Comandado pelo copresidente e diretor-geral de criação da Africa, Sergio Gordilho, o projeto leva a uma melhor experiência de leitura, proporcionada principalmente pela arrojada mudança de formato – a primeira na história do jornal, que até então seguia no estilo standard.

“Primeiro, foi uma grande honra quando o Armando (Ferrentini) e o Marcello (Queiroz) nos convidaram para fazer o projeto, porque o PROPMARK é nossa grande referência, nossa Bíblia da publicidade. Quando fomos discutir o projeto, pensamos em uma nova dinâmica de leitura e achamos que diminuir o formato ajudaria a dar mais peso às matérias. A publicidade, hoje, está passando por tantas grandes revoluções. E o jornal tem de ser pautado por isso. Ele precisa ser hábil a acompanhar esse ritmo e a dar relevância a essas mudanças. Esse formato novo ajuda, quando tiver um assunto que é muito relevante, a concentrá-lo em uma página, ou uma página dupla, sem misturar com outros assuntos.

Alê Oliveira

O leitor ganha com a facilidade de leitura, com uma tipologia melhor, com a diferença no manuseio do papel. E as notícias ganham porque começam a ser separadas por assunto. A mudança, além de muito corajosa, representa uma grande vantagem para o leitor e para a indústria”, comenta Gordilho, que trouxe para a execução do projeto o diretor de arte Marcos Marques. “Ele fez a organização do ponto de vista de leitura, tipologia, com a mudança de diagramação. Entrei com a concepção, a ideia, e ele colocou na prática isso tudo. Aqui na agência fomos os arquitetos e decoradores do projeto e o Marques foi nosso engenheiro”, detalha.

Outras mudanças importantes no jornal são o logotipo, que agora aparece todo em caixa alta para ressaltar a força e o peso da marca, a presença de ícones para identificar as seções e a capa com menos texto.

“A gente deixou a marca PROPMARK mais leve agora. O projeto usa uma fonte mais condensada, mantendo as cores e deixando o logo em caixa alta para dar um pouco mais de peso. A capa a gente limpou: vamos com uma imagem grande e duas ou três imagens menores, sem contar tudo o que está dentro do jornal em uma capa. É um jornal com mais presença de branco. Estudamos e fomos atrás de muita coisa que está acontecendo lá fora para fazer o projeto e acho que chegamos em um formato excelente”, reforça Bruno Valença, diretor de criação de design da Africa. Na redação do PROPMARK, o responsável pela implementação do projeto segue sendo o editor de arte do jornal, Adunias Bispo da Luz.

Conteúdo
Do ponto de vista editorial, o conteúdo acompanha a mudança gráfica com a implantação de novas seções e a valorização das imagens. “O conteúdo vai ficar naturalmente impactado pelo novo visual, principalmente no aspecto iconográfico e na dimensão das imagens. Conceitualmente, PROPMARK vai manter a mesma dinâmica jornalística que consolidou uma história de 50 anos marcada por agilidade e credibilidade.  Com o novo projeto, a proposta é tornar a notícia ainda mais forte e mais atraente. Entre as novidades que abrangem o conteúdo, há uma seção chamada ‘Ideias’ para mostrar a diversidade de expressões envolvendo o marketing que não está necessariamente nos formatos de mídia, e também a ‘Inspiração’, que tem uma proposta de entrar no radar de profissionais das mais diversas áreas do mercado para que possam contar um pouco sobre o que de fato funciona como inspiração para eles”, ressalta Marcello Queiroz, diretor de redação do PROPMARK

A editora do jornal, Neusa Spaulucci, reforça a presença de mais conteúdo analítico nas edições. “Há muito tempo a direção do PROPMARK vinha conversando sobre a reformulação do jornal, pois o mercado exigia um veículo mais moderno, condizente com a evolução e a revolução do mercado editorial como um todo. O novo projeto vai proporcionar uma experiência mais prazerosa de leitura, pois, além do visual, a edição pretende implementar mais conteúdo analítico, sem deixar de lado, no entanto, o factual, a notícia quente, de última hora, uma forte característica do nosso jornal”, diz.

Mudança é a maior em 50 anos

“O jornal sempre mudou. Começou como uma coluna, criada para provocar polêmica e atrair atenção do público editorial da época. Essa coluna logo virou uma página, duas e de repente tínhamos quatro, tudo numa progressão. Até que um dia virou caderno”, lembra Armando Ferrentini, diretor-presidente da Editora Referência, que edita o PROPMARK, passando pela história do jornal que começou como a coluna Asteriscos (inicialmente chamada de Asterístico), há 50 anos, no antigo Diário Popular, hoje Diário de S.Paulo.

Alê Oliveira

Após 19 anos sendo publicada no Diário Popular, a coluna foi transformada em Caderno Propaganda & Marketing e passou a circular como suplemento dos jornais Gazeta Esportiva e Folha da Tarde – com o fim do jornal da empresa Folha da Manhã, substituído pelo Agora São Paulo, o Propaganda & Marketing, em 1999, deixou de ser caderno e passou a ter circulação independente. Em 2007, nova mudança: o jornal teve sua marca simplificada e passou a ser chamado de propmark. “Nesse caminho todo fizemos algumas mudanças para acompanhar o jornal que nos abrigava, mas eram mudanças menos arrojadas do que esta que estamos fazendo. Havia adaptações a cada jornal, mas todas eram do formato standard, o tradicional dos jornais na época. Com nossa independência, nós pudemos então ousar um pouco mais e demos mais cores ao jornal. Mas chega um momento que você tem de arriscar e, consultando muitas pessoas no mercado, chegamos a um detalhe que foi fundamental para ter um novo formato: a possibilidade de poder imprimir o jornal dentro de casa”, acrescenta.

Para dar início ao projeto, como lembra Ferrentini, a Editora Referência precisou investir em novo maquinário para sua gráfica, com a importação da Alemanha de uma impressora offset Heidelberg Speedmaster. A partir de agora, o jornal todo, desde o conteúdo até a impressão, passa a ser produzido dentro da casa – até a edição anterior, com data de capa 30 de novembro, a impressão era feita no Estadão.

“O consumo de notícias e informações cada vez maior via plataformas digitais, especialmente por meio dos smartphones, trouxe-nos um desafio nos últimos anos de levar para o impresso a beleza visual e a praticidade do mundo digital. O novo projeto vem ao encontro disso. A impressão em papel couche mantém no impresso o brilho e a nitidez característicos do online. Já o novo formato vai facilitar a leitura e o manuseio. É importante também dizer que a impressão na nossa gráfica vai trazer maior liberdade para a criação de novos projetos editoriais e comerciais. Mas, para tudo isso acontecer, era necessário adquirirmos mais uma impressora, o que se concretizou neste ano com a chegada em outubro da Heidelberg Speedmaster”, reforça Tiago Ferrentini, diretor-executivo da Editora Referência.