“Os aplicativos já são uma realidade importante para o mercado”. Essa afirmação é de Tim Waddell, diretor de marketing de produto da Adobe Systems. O executivo esteve no Brasil para a primeira edição do Adobe Symposium, evento mundial da empresa realizado em diversos países. Batizado de “Adobe Exprnce: The Creative Et Technology Symposium”, o evento foi realizado na última quarta-feira (5), em São Paulo, na Escola Britânica de Artes Criativas (EBAC).

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O consumidor precisa de um motivo para instalar um aplicativo nos dispositivos móveis. Se a marca conquistar esse espaço, ela passa a ter um enorme acesso para estabelecer relacionamento. Waddell afirma que, segundo a última pesquisa do Mobile Marketing Association sobre o mercado brasileiro e seus dispositivos móveis, o uso de aplicativos já é cada vez mais comum e, inclusive, aumentou a quantidade de aplicativos usados por semana, passando de seis em 2015 para oito em 2016.

E essa mobilidade é ainda mais relevante em transações bancárias, que são as operações mais realizadas pelo canal. O executivo destaca, também, otimismo para o varejo. “Apesar dos websites ainda serem os canais predominantes para a pesquisa de preços, 34% das pessoas utilizaram mobile nos últimos três meses para a compra de roupas, calçados e acessórios”, diz Waddell.

Os desafios nesse mercado, no entanto, ainda são grandes para desenvolver e manter os aplicativos móveis, analisa Waddell. As áreas de tecnologia gastam, em média, duas vezes mais com apps do que sites, de acordo com pesquisa da Forrester. “Isso ocorre num cenário onde a demanda por aplicativos sobe cinco vezes mais rápido do que a capacidade de entrega. É preciso superar as barreiras no desenvolvimento de apps para permitir que as áreas de negócio possam levar seus conteúdos e serviços para o mobile”, ressalta.

Como tendências para o marketing digital, Waddell lembra que a demanda por customização e personalização continuará crescendo e determinará as estratégias das marcas. As tecnologias de análise em tempo real vão ser essenciais para o sucesso, somadas à adoção da estratégia de marketing orientado por dados.

Sobre a polêmica envolvendo o Facebook, que admitiu ter superestimado as visualizações de vídeos publicitários, inflando em até 80% o tempo em que os usuários gastam assistindo, Waddell afirma que as novas tecnologias surgem para melhorar o gerenciamento e a mensuração de todas as interações digitais de clientes e consumidores.

“Por essa razão, temos visto que empresas e anunciantes têm optado pela adoção de soluções analíticas e de auditoria independentes, que possibilitam um novo entendimento e otimização dos investimentos em mídias digitais. A Adobe tem soluções de marketing, análise de dados e de otimização de investimentos em mídia que ajudam as marcas na tomada de decisões, através do uso de inteligência artificial e análises em tempo real”.

Evento

A Adobe trouxe para o Brasil o Adobe Exprnce: The Creative Et Technology Symposium que tem como objetivo discutir práticas inovadoras para a entrega de experiências. “Estamos investindo em momentos e plataformas que permitam às marcas e seus profissionais um espaço para discutir, experimentar e aprender”, destaca Gabriela Viana, diretora de marketing da Adobe para América Latina.

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Um dos convidados internacionais de peso foi o diretor de marketing para insights performance da Lego. Ele apresentou a história da empresa, que tem mais de 80 anos, e se transformou para acompanhar a revolução digital e inspirar a criatividade em mais de 100 milhões de crianças em todo o mundo com os seus brinquedos.

“A Lego é uma empresa quase centenária, conhecida mundialmente por seus brinquedos. Como todas as empresas que querem seguir relevantes através do tempo, a Lego incorporou mudanças para um mundo digitalizado. Edward Latour vai nos contar sobre essas mudanças no Adobe Experience”, afirma Gabriela Viana.