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Às vésperas da Copa América, que inicia na sexta-feira dia 14, uma acusação de estupro envolvendo o jogador Neymar tomou os noticiários. O atacante do PSG e da Seleção Brasileira se defendeu pelo Instagram e afirmou ter “caído em uma armadilha”.

O processo corre em segredo de justiça e ele deve prestar esclarecimentos à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro sobre a divulgação de conversas e imagens íntimas relacionadas ao caso.

“Estamos profundamente preocupados com essas acusações e seguimos acompanhando de perto a situação”, disse a Nike, patrocinadora do atleta, em nota enviada ao jornal Folha de S. Paulo. Mastercard também manifestou sua preocupação ao jornal e afirmou que irá acompanhar a situação, assim como a Red Bull.

O atleta, que já teve contratos publicitários com C&A, Gillette, Lupo, levou ao menos 16 marcas para a Copa da Rússia e representa o Café Pilão, não é o primeiro garoto propaganda do esporte a se envolver em polêmicas.

Alguns deles, mesmo após acusações de crimes, continuaram representando marcas globais. Confira a seguir:

Cristiano Ronaldo

Em 2018, um jornal alemão trouxe à tona uma antiga acusação de estupro envolvendo o atacante português. O processo, entretanto, não constrangeu as marcas e CR7 segue firme estrelando campanhas. Um levantamento do ano passado da revista Forbes apontou o craque da Juventus como o atleta que mais fatura por post publicitário no Instagram, chegando a ganhar até 641 mil euros para divulgar uma marca na rede social.

Ele já emprestou sua imagem para o banco Caixa Geral de Depósitos, de Portugal; Herbalife, Nike, além de ser a cara de suas próprias fragrâncias e o shampoo Clear Men. O português chegou a provocar o atacante Neymar em uma ação da Unilever após a Copa da Rússia.

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O.J. Simpson

O ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson foi acusado do assassinato de sua ex-esposa Nicole Brown e de seu amigo Ronald Goldman, em 1994. Após um longo e cinematográfico julgamento, ele foi absolvido, mas se envolveu em outros crimes e acabou sendo preso anos mais tarde.

Durante os anos 1970, o esportista foi a estrela de diversos comerciais e filmes de Hollywood. Simpson ainda é lembrado pela publicidade realizada para a locadora Hertz.

Oscar Pistorius

Preso acusado de matar sua esposa, a modelo Reeva Steenkamp, o atleta paralímpico Oscar Pistorius teve seus contratos com Nike e Oakley encerrados ainda em 2013. O atleta era patrocinado pela marca de óculos e chegou a estrelar as campanhas da gigante americana.

Na época, a marca disse em comunicado que não tinha mais “planos para Oscar Pistorius em futuras campanhas”.

Ryan Lochte

O nadador americano protagonizou uma das histórias mais conturbadas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Em uma entrevista para um canal de televisão dos Estados Unidos, Lochte afirmou ter sido assaltado com seus outros três colegas de equipe, mas a versão foi desmentida por câmeras de segurança de um posto de gasolina. O caso foi reaberto em 2018 pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que denunciou o atleta à Justiça por falsa comunicação de crime.

Na época, segundo a Forbes, o campeão olímpico tinha contratos publicitários com marcas como Ralph Lauren, Speedo e Airweave, que renderiam de US$ 5 a US$ 10 milhões. Mas após o papelão, as marcas encerraram os contratos e o atleta veio a público se retratar. “Quero pedir desculpas pelo meu comportamento – por não ter sido mais cuidadoso e sincero na forma como eu descrevi os eventos daquela manhã e por meu papel em tirar o foco de vários atletas [que estão] realizando seus sonhos em participar da Olimpíada”, disse em mensagem no Twitter.

Lance Armstrong

O ex-ciclista foi considerado durante muitos anos um fenômeno da modalidade. Armstrong venceu o Tour de France por sete vezes consecutivas e a medalha de bronze das Olimpíadas de Sidney. No entanto, o atleta dos Estados Unidos acabou banido do esporte em 2012 pela Usada (Agência Americana Anti-Doping), que comprovou o uso de substâncias ilícitas enquanto competia.

Antes de sua derrocada, Armstrong mantinha um contrato com a Nike, para quem fez filmes icônicos. Em entrevista ao canal CNBC, em 2018, o ex-atleta afirmou que só não decretou falência após o caso, pois investiu em ações da Uber.