Segundo dados fornecidos pelo Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica, após ter registrado uma forte expansão de 7,5% em 2010, a atividade econômica brasileira desacelerou e encerrou o ano de 2011 acumulando crescimento de 2,6%. O resultado representa a segunda menor taxa anual de crescimento desde 2004, só perdendo para a queda de 0,3% do PIB registrada em 2009, diante da crise econômica mundial.

O ano de 2011 acusou dois momentos distintos em termos de expansão da atividade econômica. No primeiro semestre do ano, o crescimento foi de 3,8% em relação ao primeiro semestre de 2010. Já no segundo semestre, tendo em vista os efeitos restritivos dos juros altos e do agravamento da nova crise financeira internacional, o crescimento da atividade econômica reduziu-se para 1,5%, na comparação com o segundo semestre de 2010.

O setor agropecuário foi o destaque do ano passado, registrando crescimento de 3,5%. O setor de serviços atingiu uma expansão de 2,7% ao passo que o setor industrial acabou puxando o crescimento econômico para baixo, acusando crescimento de apenas 1,6% no ano passado. O câmbio valorizado, os juros elevados e a concorrência dos produtos importados afetaram negativamente o desempenho desse setor da economia, ressaltam os economistas da Serasa Experian.

Do ponto de vista da demanda agregada, a alta de 2,6% da atividade econômica em 2011 foi puxada pelas altas de 4,8% dos investimentos e de 3,5% do consumo das famílias. O consumo do governo cresceu apenas 2,1% no ano passado e o setor externo, com as exportações de bens e serviços crescendo menos que as importações – alta de 4,2% contra elevação de 9,4% – pesaram negativamente para o crescimento da atividade econômica no ano passado.