Cartaz voltado ao público gay que integra a campanha do Ministério da Saúde

 

A nova campanha do Ministério da Saúde, que tem o Carnaval como inspiração e a luta contra a aids como mote, estaria passando por uma censura que atinge exatamente o que seria o ponto principal da estratégia: o público homossexual. De acordo com o texto de apresentação da iniciativa, o principal foco da campanha seriam os jovens gays de 15 a 24 anos. Com criação da Propeg, o esforço de comunicação é composto por comerciais, anúncios e material promocional, inspirados no slogan “Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua”.

O site aids.gov.br, gerido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, mostra algumas peças da campanha, como os anúncios voltados ao público hetero e homossexual. O comercial protagonizado por um casal gay, porém, foi retirado do endereço após o suposto veto, que teria vindo diretamente do gabinete da Presidência da República (assista aqui ao filme).

Questionado sobre a ação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o filme teria sido idealizado para veiculação restrita em determinados ambientes e não iria à televisão. “Esse vídeo não era o da TV aberta. É um vídeo é de divulgação em ambiente fechado”, confirmou. Na divulgação do próprio site, porém, o texto confirma que “os filmes a serem transmitidos pela TV e internet apresentam situações em que os públicos-alvo da campanha – homens gays jovens e um casal heterossexual – encontram-se prestes a ter relações sexuais sem camisinha”.

Procurado, o Ministério da Saúde não se pronunciou até a publicação desta nota. Já a Propeg afirma que, até o momento, desconhece qualquer tipo de veto ou cancelamento da veiculação das peças criadas.