Adobe Stock

Na sexta-feira (27), tanto o varejo quanto os consumidores se preparam para os descontos da Black Friday. Em um levantamento realizado pelo SPC Brasil, 34% dos entrevistados pretendem comprar mais produtos do que em 2014, apesar da crise econômica. O valor médio das compras deve ser de R$ 1.007, com aumento significativo, já que no ano passado foi de R$ 856,00. Apesar da data ser esperada, 44% dos brasileiros querem pesquisar se os descontos anunciados são, de fato, reais.

As pesquisas pelo melhor preço estão em alta entre os compradores (54%) e 35% pretende comprar porque é uma oportunidade de adquirir produtos a preços mais baixos. Por outro lado, 49% afirmaram ainda não saber se vão fazer compras, mas que caso encontrem oportunidades boas, não as perderão. Os que estão decididos a não comprar representam apenas 16% e entre os motivos estão a falta de dinheiro e a descrença em relação aos descontos praticados.

De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, agora é a oportunidade dos lojistas realizarem promoções grandes e diferenciadas. “Os comerciantes devem se certificar que os descontos serão reconhecidos pelos consumidores e, assim, ganharem credibilidade com eles”, afirma.

Os itens mais vendidos são as roupas (33%), os calçados (28%) e os celulares (27%). Em comparação a 2014, os celulares perderam espaço, pois representavam 32% das intenções de compra no ano passado. As roupas, por sua vez, aumentaram (26% em 2014).

O SPC Brasil investigou quais são os principais lugares que os brasileiros farão as compras e os mais mencionados são os sites nacionais (61%) e o shopping center (36%). Entre os fatores mais importantes que levam os consumidores a escolherem esses lugares estão os preços (78%) e a questão de segurança / credibilidade (44%).

“Com a atual conjuntura econômica, em que as pessoas se veem obrigadas a cortar despesas para driblar a inflação e estão menos seguras em seus empregos, o pagamento parcelado pode comprometer o orçamento da família, não sendo uma atitude recomendável”, diz a economista.

Foram entrevistados 1.794 consumidores acima de 18 anos, de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.