Teradata Partners tem recorde e público voltado a negócios

 

Diante de 4 mil profissionais interessados em big data, a Teradata aproveitou o início do Teradata 2014 Partners Conference & Expo, que começou no domingo (19) e termina na quinta-feira (23) em Nashville, noTennessee, Estados Unidos, para apresentar os seus lançamentos para o público. A feira tem nesta edição uma particularidade em relação aos eventos anteriores: pela primeira vez, a maioria dos 4 mil presentes são executivos de marketing, propaganda e negócios e não especialistas em tecnologia da informação.

Com isso, a Teradata volta o foco de muitas de suas apresentações para o lado corporativo, com o intuito de incentivar estes executivos a de fato entrarem de cabeça no data-driven marketing.

“Informação é a moeda corrente na economia atual, e novos negócios com mentalidade voltada para os dados estão prosperando no mercado, pois entregam maior valor para o seu consumidor e permitem uma vantagem competitiva sustentável”, diz Bob Fair, vice-presidente e CIO (chief information officer) da Teradata. Fair afirma que desde o princípio, na década de 1980, a companhia se guiou para os negócios, ensinando os executivos a utilizarem tecnologia a seu favor por meio de um misto entre consultoria e soluções prontas e integráveis, mas sempre levando em conta o modelo de negócio do potencial cliente.

Como a mensuração se tornou extremamente fácil no âmbito digital, empresas capturam um enorme volume de dados, mas ainda não sabem o que fazer com eles. “Muitas vezes se tem muita informação, mas insights fracos a partir dela. Com a tecnologia certa e especialmente os talentos certos, pode se desenvolver uma estratégia de compreensão e aproveitamento de dados”, diz Fair.

Dentro deste âmbito de tecnologia, a Teradata aproveitou a feira para anunciar aquisições como a ThinkBig, lançamentos, como QueryGrid, Connection Analytics, que mensura os influenciadores de decisões baseado em relacionamentos digitais, e novas versões de sua ferramenta de cloud computing e de seu serviço de integração interplataformas, bem como outras atualizações técnicas e parcerias para operar Hadoop, Datawatch, RainStor e Ayasdi.

Para não-tecnologistas, basicamente a novidade é uma maior capacidade de análise e integração de informações e bases de dados. “A maior parte do big data é apenas informação bruta. Então você precisa de padrões e conexões, especialmente quando ainda nem sabe qual é a pergunta a ser respondida. Essas tecnologias analisam e procuram por padrões em grandes volumes de dados para extrair insights”, afirma Chris Twogood, vice-presidente de marketing de produtos e serviços da Teradata.

Dados nos negócios

O encontro tem como missão “discutir o poder dos dados nos negócios, como forma de melhorar vidas e ajudar a sociedade a prosperar”, e por isso reúne executivos de marketing, tecnologia da informação, ciência, administração, educação, finanças e gestão pública. “Nosso ideal é que o Teradata Partners alcance não apenas os tecnologistas, mas sim pessoas usando a tecnologia e os dados para criar valor”, diz Patricio Llaona, gerente de marketing da Teradata.

O evento conta com aproximadamente 200 sessões entre palestras, apresentações, workshops, debates, ilustração de cases e melhores práticas de conglomerados tradicionais a startups, e iniciativas puramente digitais de diversos setores, como eBay; Netflix; AT&T; American Cancer Society; RBC; Lloyd’s Banking Group e Delta Airlines. Além das atividades, o Partners reúne também grandes companhias de tecnologia em uma exposição de ferramentas e plataformas de gestão, como as patrocinadoras IBM, MicroStrategy, SAS, Tableau, e TIBCO.

No campo do marketing, a necessidade de uma maior compreensão de big data é latente. “Uma pesquisa global apontou que os profissionais de marketing estão tendo que identificar e se conectar com o seu consumidor de uma forma especial. Quase todos os marketers precisam ver o consumidor como prioridade total, mas apenas 18% deles conseguem visualizar esse panorama atualmente”, comenta Llaona. “Além disso, menos de 10% do mercado consegue efetivamente usar os dados analisados de forma sistemática, o que acaba fazendo com que informações relevantes e insights a partir delas sejam desperdiçados.”

O principal objetivo é mapear e entender o consumidor e sua jornada de compra, bem como formas de influenciar e parametrizar esse caminho. “Hoje o consumidor está no controle. Um dia ele quer compartilhar suas informações, mas no outro quer total privacidade. Um estudo da Accenture aponta que mesmo os clientes que não querem nos ajudar a os entender esperam ofertas personalizadas para os seus desejos e comportamentos. Profissionais de marketing precisam entender esse consumidor e usar estes insights para construir relacionamentos mais sólidos e experiências mais significativas”, explica Llaona.

Para ajudar na compreensão deste novo cenário, as palestras previstas na agenda sugerida a profissionais de comunicação e marketing inclui um panorama sobre a nova situação do marketing digital e o que é o “novo normal” no setor, as principais tendências para o futuro e lições sobre segmentação, integração entre canais de divulgação e aquisição de consumidores, mídia programática, gerenciamento de campanhas, real-time bidding, user experience, CRM (customer relationship management), otimização, e-commerce e eficiência, entre outros temas. “Quanto mais o marketing se torna baseado em dados, mais áreas surgem para melhorias. No campo da execução, um estudo da Jupiter Research mostra que a conversão chega a melhorar 350%, e um relatório da Gartner indica que quem consegue estabelecer um bom ritmo de operação e mensuração chega a incrementar o ROI (return over investment) em 50%”, calcula o gerente de marketing.

De caráter global e com empresas de 70 países, o Partners tem grande participação da América Latina e do Brasil. Segundo Llaona, 30% de todo o público é brasileiro ou atua em companhias com negócios em território nacional. “A particularidade é que temos uma grande participação do Governo brasileiro, mais até do que empresas privadas”, conta o executivo. De fato, um dos keynotes que serão apresentados no Partners é da Receita Fiscal do Estado do Paraná, que está usando o big data para restringir e identificar sonegadores de impostos e irá expor suas melhores práticas a governos de outros países.

Neste ano, a companhia disponibiliza uma versão virtual das palestras para estender o seu alcance: por meio do site oficial do encontro será possível conferir palestras e até interagir por meio de tecnologia 3D.