Adobe Stock

Os consumidores não estão mais tão interessados em gadgets da forma como estavam até recentemente. Os dados são de um novo estudo que sugere uma estabilização na demanda em 2015 e uma queda em 2016.

A Accenture entrevistou mais de 28 mil consumidores em 28 países e descobriu que menos da metade (48%) dos entrevistados pretendem comprar um smartphone este ano, em comparação com 54% que manifestaram essa intenção no ano passado.

E enquanto em 2015 38% havia planejado comprar uma nova TV ou tablet, este ano esse número teve queda e foi de 30% para TVs e 29% para tablets, relatou o The Drum. 

“É uma combinação de saturação do mercado, a falta de inovações revolucionárias e preocupações com a privacidade”, explicou John Curran, diretor de comunicação, mídia e tecnologia da Accenture. “Para a maior parte, os consumidores estão satisfeitos com seus aparelhos e não buscam novos recursos como faziam há cinco anos”, completou.

O foco dos fabricantes, argumentou ele, deveria agora estar em serviços. “Ao reunir o dispositivo, o serviço e as análises para alimentar uma experiência superior para o cliente, as empresas podem reascender a demanda do consumidor”, disse ele.

“Ao oferecer soluções inovadoras e práticas para os problemas que os consumidores não sabiam que poderiam ser resolvidos, as empresas podem despertar a imaginação dos consumidores e impulsionar uma nova onda de atualizações”.

O consumo wearables e internet das coisas podem estar mais lentos, segundo a pesquisa que aponta intenção de compra, mais ou menos, igual ao ano passado. Smartwatches e monitores fitness tiveram o aumento de um ponto percentual na intenção de compra, com 13% cada um. Enquanto isso, câmeras de vigilância conectadas para a casa registraram um aumento semelhante a 11%; termostatos inteligentes para a casa não tiveram alterações, com 9%.

Depois do custo, segurança é o principal motivo da desaceleração: quase metade (47%) dos entrevistados citaram questões de privacidade e segurança entre as três principais barreiras para a compra dos dispositivos conectados.

“Até que as preocupações com segurança forem abordadas, as vendas de dispositivos de internet das coisas provavelmente permanecerão relativamente modestas”, observou Curran. “Os consumidores vão ter cuidado sobre quais dados são coletados e compartilhados, em quais dispositivos e em que condições ou acordos”.

Com informações de Warc