Reprodução/Meu Timão

No domingo (6), no dia do último jogo do Campeonato Brasileiro de 2015, quando empatou com o Avaí por 1 x 1 em casa, o Corinthians apresentou seu novo patrocinador para 2016: a marca de limpezas Klar, que passará a estampar a camisa da equipe profissional. Até aí, tudo bem. A polêmica começou no dia seguinte, quando o presidente da Klar, Marcelo Prado, declarou à Rádio Transamérica que havia feito uma proposta pelo naming rights da Arena Corinthians e que estava negociando a favor do clube a contratação de um jogador estrangeiro que disputou a semifinal da Copa do Mundo de 2014.

A declaração do executivo colocou a empresa em evidência e gerou entusiasmo em uma parte da torcida e desconfiança em outra parte. Desconhecida do grande público, a Klar é uma marca da companhia Tabor Chemicals, que por sua vez faz parte da Holding Glaic. Segundo uma investigação realizada pelo jornalista independente Daniel Keppler, do site Fiel Corinthiano, que foi replicada pelo consagrado jornalista esportivo Juca Kfouri, do UOL e da ESPN, a dona da Klar não apresenta, ao menos de acordo com os números declarados na Receita Federal, faturamento suficiente para sustentar investimentos de R$ 500 milhões em marketing, valor aproximado do que o Corinthians pede pela venda dos naming rights da Arena.  

O novo capítulo da polêmica foi lançado na quarta-feira (9), quando o Corinthians enviou um comunicado que desmente as pretensões da Klar, assim como o próprio valor do patrocínio já negociado na camisa do clube – a empresa afirmou que fechou o contrato por R$ 20 milhões. No texto, o clube afirma que “a Klar não está envolvida na negociação para os direitos de naming rights da Arena Corinthians. O processo ainda está em andamento, protegido sob cláusula de confidencialidade das empresas envolvidas”.

O Corinthians também nega que a Klar tenha autonomia para negociar jogadores em nome do clube.

De acordo com os representantes do Corinthians, o mal-estar com o patrocinador não deve ter maiores problemas e não há ameaça de rescisão. O acordo assinado vai até dezembro de 2017.