Com a chegada da propaganda eleitoral gratuita, que começa neste sábado (19), os Correios começam a divulgação de um pacote de soluções da empresa para campanhas políticas. Nesta quarta-feira (16), a empresa se reuniu com assessores de candidatos e agências de marketing político em São Paulo para apresentar seus produtos. As opções vão de telegramas a selos personalizados, passando por malas-diretas e checagem de CEPs dos mailings dos candidatos.

Apesar da comunicação postal soar datada, a empresa acredita que a opção será uma grande aliada dos candidatos nesta eleição, após uma série de restrições aprovadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em abril deste ano. De acordo com as novas regras, ficam proibidas a propaganda política por telemarketing e por outdoors, bem como a publicidade paga na internet. As restrições se somam a outras mais antigas, como a proibição de showmícios, de trios elétricos e de distribuição de brindes.

Para os Correios, candidatos com pouco tempo gratuito na televisão e no rádio e os que têm recursos limitados devem ser os principais utilizadores dos produtos. “A comunicação postal complementa a proposta apresentada no rádio e na televisão. Muitas vezes o candidato tem o tempo de falar o nome na propaganda gratuita e só”, aponta Claudio Marcos Angelini, consultor de marketing dos Correios.

Os preços dos produtos privilegiam grandes volumes. No caso dos selos personalizados, que podem vir com a cara do candidato, o custo é de R$ 38 por folha. Mas, a partir de mil folhas, o custo cai para R$ 24. No caso de malas-diretas, a opção mala-direta domiciliar, que não tem destinatário – o comprador escolhe uma região e os carteiros entregam as correspondências com a propaganda eleitoral – o custo é por mil. “Nessa opção, pode-se dividir por bairro, por rua, por cidade, por estado. Pode-se escolher somente residências ou ponto comercial. O candidato define o filtro e nós fazemos”, explica Angelini.

O serviço está disponível desde 2006, mas, com as novas regras do TSE, a expectativa dos Correios é que o uso de cartas e malas-diretas aumente nas eleições deste ano. “De lá para cá, o crescimento [do uso dos produtos dos Correios] foi de 16% a cada eleição [de dois em dois anos]. Neste ano, deve crescer ainda mais”, afirma.