Em meio a tantos serviços, categorias e tecnologias no setor de mídias sociais, um dos desafios dos anunciantes é encontrar empresas que atendam exatamente as suas demandas. Foi com esse objetivo que a Abradi (Associação Brasileira de Agentes Digitais) lança nesta quarta-feira (1) seu novo Mapa de Mídia Sociais, desta vez online e interativo.

O ecossistema digital é amplo, com diversos serviços especializados. Eduardo Prange, presidente do Comitê de Mídias Sociais da Abradi, explica que existe uma grande dúvida do mercado em adquirir soluções na área de mídias sociais. “Resolvemos organizar a informação e categorizar as empresas para que os usuários possam fazer suas buscas com filtros, entendendo e conhecendo quem são os principais agentes no Brasil”.

Prange explica que o mapa está dividido em quatro categorias: agências, plataformas, mobile e consultoria. A partir dessa separação, subcategorias foram criadas para organizar os serviços. “No ano passado, o formato era estático e, apesar da boa aceitação dos usuários, ficamos frustrados porque em dois meses ninguém mais acessava o mapa, pois ele já estava desatualizado. Tivemos players que entraram e que saíram. Por isso, agora, a plataforma é real time, em que os cadastrados podem atualizar suas informações”.

Fazem parte do mapa os associados da Abradi e também empresas que tenham boa atuação digital em todo o Brasil. Com isso, a entidade objetiva atrair novas empresas e fortalecer o setor. O projeto foi criado em parceria com diversas empresas, com 100% de doação.

“É comum que pessoas sem alto nível técnico tenham dúvidas sobre os serviços. A gente faz essa segmentação e ajuda a criar uma primeira experiência do anunciante com as empresas. O mapa tem informações básicas como o endereço, fachada, redes sociais, principais clientes, contatos. Colocamos um cardápio para quem quer trabalhar com as redes sociais e ajudamos o mercado a tomar uma decisão mais precisa”, explica Prange.

O mapa é um facilitador da localização dos players do segmento, ajudando profissionais e anunciantes a encontrarem serviços e parceiros especializados. Segundo Anderson de Andrade, presidente da Abradi, essa é uma ferramenta de negócio para os agentes da associação, de amplitude nacional, mas que não é exclusivo para os associados, pois qualquer empresa pode participar.

Segundo Andrade, a comunicação digital tem crescimento e é uma viagem só de ida, pois as empresas precisam investir. “Em tempos de turbulência econômica, com o digital é possível mensurar o retorno das campanhas com precisão. Com orçamento menor, você consegue alto impacto, bons resultados e construir marcas, e é um espaço de novas oportunidades. O momento não poderia ser melhor para fazer esse lançamento. O mercado está buscando alternativas e querem saber onde estão as empresas para fazer novas contratações e melhorar os negócios”, ressalta Andrade.

Entidade

O mercado digital tem um crescimento expressivo no Brasil. Andrade afirma que são 14 entidades regionais, 700 associados com verbas em expansão. “De acordo com o senso da Abradi, o setor tem em torno de 34 mil empregos diretos em todo o país”.

Entre as conquistas da entidade, conta Andrade, foi a mudança na forma como o poder público compra a solução digital. Antes, o Governo comprava o formato nos editais normais, com preço e técnica. A associação trabalhou para mudar isso, fazendo com que o poder público passasse a comprar a melhor técnica, pois o preço já está pré-estabelecido a partir de consulta pública. “Não tem como vender inteligência e criatividade como você vende prego, ou qualquer outra coisa. O primeiro edital já foi rodado nesse novo formato e outros órgãos como Caixa, Incra, Tribunal Superior do Trabalho, já estão adotando esse modelo também”, afirma Andrade.

Outra iniciativa da associação é desenvolver um projeto de internacionalização dos agentes da entidade. Muitas empresas tem potencial para se internacionalizar, mas não possuem capacitação. A movimentação é para que o empreendedor brasileiro seja competitivo e não somente compre serviços e tecnologias de outros países, mas desembarquem no território de outras indústrias. “Já fizemos um mapeando do grau de internacionalização brasileiro e ele é muito baixo. Por isso, queremos trabalhar nisso e colocar nosso mercado no radar internacional”, analisa Andrade.

Uma novidade anunciada pelo presidente é uma nova edição do Digital Speed Dating, circuito que reúne empresas para apresentarem seus negócios em até três minutos, a fim de serem contratadas. “Estamos desenhando um formato do Speed Dating voltado para talentos e o projeto será em parceria com a ESPM, previsto para acontecer no segundo semestre”, completa.