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Não basta desenvolver plataformas de e-commerce. Elas precisam estar além do conceito de vendas que a grande maioria dos marketplaces se orientam. Diante do cenário com poderosos canais de vendas na internet, principalmente a Amazon, hoje a terceira opção de mídia digital no Estados Unidos, é preciso usar novos expedientes para agregar branding às iniciativas.

É o que propõe a CoreBiz, dos empreendedores Renan Mota e Felipe Macedo, que já contabiliza faturamento anual de R$ 35 milhões, valor que inclui compra de mídia.

Nesses seis anos de mercado, a agência busca ser percebida como uma consultoria didática com olhar para as principais verticais do comércio eletrônico pelo viés do marketing: tecnologia, mídia, CRM (Customer Relationship Management), performance, ações digitais, logística e, claro, vendas.

Nesse emaranhado de possibilidades, a CoreBiz percebeu que se concentrar no design de e-commerce limitaria sua atuação e enfrentaria uma concorrência quase ilimitada. Por isso, investiu na oferta de uma visão holística para ir além das vendas. Se uma marca tem loja virtual e física, elas não podem atuar de forma independente, como se fossem concorrentes. Algo simples, mas que pode gerar resultados imediatos. Um exemplo é o modelo adotado nas 1.540 lojas da rede Cacau Show, que tem faturamento anual de R$ 2 bilhões. Por sistema de geolocalização, a entrega de uma compra feita pelo e-commerce não precisa mais ser feita por uma central de distribuição, mas pelo ponto de venda mais próximo do cliente da Cacau Show, usando um modelo parecido como da iFood. E em um tempo bem menor.

“A loja física pode e deve estar presente nas estratégias do e-commerce. Essa competência contribui para desburocratizar a logística. O processo está apenas no início, mas já se mostrou bem-sucedido. É uma ação complementar que vai fidelizar o consumidor com a agilidade da entrega. Isso significa colocar os usuários da Cacau Show no centro, como um autêntico protagonista. Mesmo porque a loja física é uma extensão do e-commerce e um show-room permanente da marca. E o PDV deve materializar todos os conteúdos produzidos para destacar a marca. Quando o serviço é tratado como valor agregado, o e-commerce ajuda na geração de branding. Muitas empresas não enxergam que as transações online não devem ser tratadas de forma isolada. Tudo está no mesmo ecossistema. E os e-commerces precisam ficar bem atentos”, explicou Mota, que acredita que os processos de branding nos canais de venda na internet podem ser ativados por conteúdos específicos, ações de CRM e performance.

Com O Boticário foi realizado o mesmo. O produto adquirido no e-commerce pode ser retirado em uma das mais de 3.200 lojas da marca em todo o país e com a possibilidade de o cliente customizar a embalagem para um presente. Os franqueados têm um aplicativo para fazer o controle.

“A tecnologia é favorável e amigável. Com um QR code a retirada é automática. O importante é proporcionar experiências positivas para os shoppers. Trabalhamos em parceria com muitas agências, que podem criar vídeos tutoriais para orientar o consumidor”, detalha Mota, que está levando a expertise da CoreBiz para 12 países e já tem escritórios próprios na Argentina e no México.