Divulgação

A Snap Inc, dona do aplicativo Snapchat, entrou na última quinta-feira (2) com o pedido para fazer um IPO (Oferta Pública Inicial) de suas ações na NYSE (The New York Stock Exchange), bolsa de valores de Nova York. A ação deu uma visão mais profunda da empresa, que é liderada por Evan Spiegel, de 26 anos.

A empresa teve receita de US$ 404,48 milhões em 2016, contra US$ 58,66 milhões do ano anterior. O prejuízo da empresa, enquanto isso, saiu de US$ 372,89 milhões em 2015 para US$ 514,64 milhões em 2016. Em dezembro, o Snapchat tinha 158 milhões de usuários ativos.

No primeiro dia de negociações na Bolsa de Nova York, as ações da Snap Inc tiveram valorização de 44,2%, a US$ 24,54, chegando a subir 50% durante a sessão e atingindo um valor de mercado de US$ 34 milhões. A empresa fixou o valor de US$ 17 na oferta pública das ações, mas a cotação de abertura foi de US$ 24. Essa foi a maior abertura de uma empresa de tecnologia dos Estados Unidos, desde o grupo de comércio eletrônico Alibaba, em 2014.

As expectativas dos analistas em relação ao IPO do aplicativo de vídeos eram baixas, pois duvidavam da sustentabilidade do modelo de negócio. No entanto, eles foram contrariados e atenderam as apostas dos investidores na mídia social. As preocupações giravam em torno da desaceleração do crescimento de usuários vista nos últimos meses e a falta de perspectivas para os futuros lucros.

Especialistas afirmam que o sucesso do IPO se dá por conta da capacidade da mídia social em atingir a faixa etária dos 18 a 34 anos e ter um forte retorno com propagandas. Além disso, o IPO do Snap é significativo porque poucas empresas de tecnologia estão se tornando públicas. Em 2016, foram apenas 105 IPOs, segundo a Renaissance Capital. Grandes startups como Uber, Airbnb e Pinterest optaram por continuar no mercado privado.