Criado na Holanda pela Dol House, o Milkshake vai movimentar São Paulo em 2 de junho, um dia antes da Parada do Orgulho LGBT. O core é a diversidade de gênero, mas com amor, respeito, tolerância e liberdade, nas palavras de Juliana Escandura, CEO da Elu! Live Marketing, que representa a franquia que explora o formato open-minded no mercado brasileiro.

O line-up ainda está sendo montado, mas serão 16 horas de música nos ambientes Soul, Supertoys, Secret e Live. Segundo estimativa do IBGE, cerca de 20 milhões de brasileiros são LGBT. “Esse número pode ser ainda maior, considerando que muitos optam por não declarar a orientação sexual no momento da pesquisa. Na faixa etária entre 18 e 35 anos, 28% dos jovens se autodeclararam LGBT, de acordo com estudo da Famecos da PUC/RS. Esse é o primeiro ponto que levamos em conta ao pensar no consumidor LGBT: o número imenso de pessoas. Além disso, o potencial financeiro do segmento LGBT no Brasil é estimado em R$ 418,9 bilhões, ou 10% do PIB (Produto Interno Bruto, total de bens e serviços produzidos no país), segundo a Out Leadership, associação internacional de empresas que desenvolve iniciativas para o público gay. Isso deve-se ao fato de que 36% dos brasileiros LGBTs pertencem à classe A e 47% à B, segundo pesquisa da inSearch Tendências e Estudos de Mercado. A renda dos casais formados por pessoas do mesmo sexo confirma esse padrão, atingindo cerca de R$ 5.208, quase o dobro em comparação com a média nacional, conforme dados de pesquisa da Cognatis Consultoria”, explica Juliana.

Esse poder econômico está despertando o interesse dos anunciantes. O evento está em fase de captação de patrocínio. A Parada e o Milkshake injetam cerca de R$ 100 milhões na economia paulistana. “Há alguns eram poucas as estratégias de marketing voltadas ou que incluíam o público LGBT. Hoje, as marcas já compreendem que posicionar-se a favor da causa LGBT é uma questão inadiável que encontra-se em crescimento, considerando a quantidade cada vez maior de pessoas que fazem parte deste grupo. Apesar do preconceito e das críticas, é visível o aumento de produtos, serviços e publicidade que são focadas no mercado LGBT. Reconhecer a influência deste universo no mercado não é um fator que deve ser considerado apenas pelo lucro, mas sim para ratificar a importância da visibilidade LGBT no quesito de abolir os preconceitos. E mais do que isso: entender que as preferências de cada um só determinam o que elas gostam e não o que elas são. Cada um é único e especial em sua essência e isso é o que deve prevalecer na comunicação, nos investimentos e nas experiências proporcionadas”, argumenta a diretora da Elu!.

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