Alê Oliveira

Pesquisa qualitativa encomendada pela Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) faz uma radiografia das agências nos 14 maiores mercados do país sob a coordenação do instituto Toledo & Associados, que formulou 60 questões-chaves para a amostragem. A ideia, segundo Alexis Pagliarini, superintendente da entidade, é oferecer subsídios para orientar a reformulação de gestão do negócio que está vivendo e, na sua avaliação, exige medidas imediatas. O estudo vai quantificar números de funcionários registrados pelo regime CLT, freelancers, fornecedores etc.

“O universo digital agregou à gestão novos modelos. E parece que já está se espalhando por todo o território nacional. Tenho viajado por todo o Brasil e muitas agências já romperam a barreira entre off e online. Mesmo assim, precisamos oferecer instrumentos colaborativos para ajudar à grande maioria do mercado a ter uma compreensão das novas necessidades que agências e seus clientes demandam. Acreditamos que essa pesquisa vai ter uma grande valia nesse momento de transformação”, explicou Plagliarini.

O estudo será finalizado no fim deste mês e apresentado no dia 8 de dezembro, durante a reunião de fim de ano da Fenapro, que será realizada no Espaço WTC, em São Paulo. “Também vamos fazer a entrega do prêmio Fenapró Universitário, cujo julgamento foi na semana passada. “Os estudantes se empolgaram e tivemos uma adesão elevada de projetos”, acrescentou ele.

Para a Fenapro, manter uma conversa ativa com os jovens é essencial. “A publicidade já foi uma opção profissional que ficava no topo de interesse. Agora não está mais. A pesquisa que está sendo realizada vai apresentar os índices salariais que o mercado está praticando e as medidas que são essenciais para reverter esse quadro. O Fenapró Universitário é apenas um incentivo para estimular a criatividade”, disse Pagliarini, que foi convidado pelo presidente da entidade, o empresário Glaucio Binder, para implementar projetos capazes de agregar uma nova imagem.

“A Fenapro reúne os sindicatos patronais, mas sua agenda é bem mais ampla do que negociações salariais. Temos o papel legal de interlocução com o poder público e somos parceiros das demais instituições do segmento publicitário”.

Um road show para estimular a prática do design thinking está trazendo informações que podem ser aplicadas na conjuntura atual das agências. Nesta e na próxima semana, vai passar por Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. “O design thinking ajuda a rever modelos. No Grupo da Christina Carvalho Pinto foi identificada ausência de felicidade”, contou Pagliarini.