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“Todo mundo que está no negócio digital, o que eles realmente queriam era estar no negócio de TV”. Assim o escritor Michael Wolff resumiu seu painel Television is the new television (Televisão é a nova televisão, em tradução livre), inspirado no livro de mesmo nome. Wolff dividiu o palco com Eddy Ruiz, presidente da A+E Networks, e com Gary McBride, presidente e CEO da Lamac, no primeiro dia do Festival of Media Latam.

Em sua apresentação, Wolff defendeu que a TV não foi prejudicada pelo digital, mas que se tornou um negócio ainda melhor. De acordo com o escritor, na última década, o que houve foi um mal-entendido sobre a mudança nos meios. “Diz-se que o digital veio e arruinou o negócio da música, o negócio do rádio… Mas, ao mesmo tempo, a televisão se tornou um negócio inacreditável. Hoje a TV é mantida 50% por anúncio e 50% por licenciamento, assinaturas, outros modelos de negócio”, contou Wolff.

Para Wolff, também não há diferença entre a preferência pelo meio de acordo com a geração do público. “Todas as gerações assistem televisão. Isso não mudou. Mesmo quando você dá às gerações novas opções: jogos, mídias sociais, não importa… Isso não tira o tempo que eles passam à frente da TV. O que há são novos jeitos de ver televisão”, opinou.

You Tube e Google, segundo Wolff, ainda têm poucas maneiras de ganhar dinheiro. “Um único episódio da série Big Bem Theory ganha mais que uma semana inteira de YouTube”, exemplificou.

De acordo com Wolff, cada impacto ao qual o consumidor é submetido é único. “Cada impressão é diferente. A impressão que você tem ao assistir Big Bem Theory, ao ser impactado por um outdoor, o que você vê nas mídias sociais, tudo isso é diferente. Buzzfeed tem uma audiência de 200 mil visitantes únicos por mês, o que é duas vezes o tamanho do Superbowl, e mesmo assim, eles ganham muito menos”, contou.