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Geralmente quem trabalha nos estandes de feiras, congressos e exposições como o Salão do Automóvel costuma ter um padrão de beleza bastante peculiar, sobretudo mulheres: sempre saradas e vestindo roupas curtas e apertadas. No entanto, a objetificação das modelos neste tipo de evento começa a ser criticada pelo público com uma ênfase cada vez maior. Na contramão do lugar comum, neste ano a Fiat levou para o Salão um grupo multifacetado, formado por pessoas que representam e se conectam com as diferenças. Para o time, foi convidado uma modelo com síndrome de down, um homem com vitiligo e uma jovem com perna mecânica. Indo no caminho oposto ao que se vê em eventos do tipo, a ação simboliza e exalta a diversidade. Quem explica melhor, na entrevista abaixo, é Malu Antônio, gerente de marketing e comunicação da FCA na América Latina.

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Qual foi o insight para a iniciativa?

O insight surgiu a partir da própria proposta do evento: proporcionar novas experiências e fazer os visitantes alterarem a forma como veem o mundo. Esse anseio do Salão do Automóvel vai ao encontro do que pregamos internamente que é manifestar toda a diversidade do Brasil por meio de produtos que sirvam para qualquer pessoa. Somos um país tão diverso, com tantas cores e riquezas humanas. Incluir pessoas que são diferentes é um esforço para mostrar que nossos automóveis e nossa marca é para qualquer um, independente de quem seja.

Quantas pessoas fazem parte da ação e como as pessoas foram selecionadas?

A ideia surgiu com a proposta de que os visitantes do estande se sentissem representados. Por isso, pedimos ao casting que não escolhesse apenas a loura de olhos azuis, mas a mulher com síndrome de down, com perna mecânica, com excesso de peso, a transexual e o modelo com vitiligo. Queríamos algo bem diverso em todo o nosso espaço com pessoas que traduzissem a real beleza do Brasil e não só as velhas formas que nos acostumamos a ver em encontros deste segmento. Infelizmente, pela agenda delas, a jovem com excesso de peso e a transexual não puderam participar, mas a bailarina com perna mecânica Melina Reis, a jovem com síndrome de down Laura Ribeiro e o modelo com vitiligo Akin fizeram bonito ao mostrar que o padrão de beleza vai muito além de vestidos curtos.

Qual a importância de iniciativas como essa?

Ações como essa são cruciais para “descoisificar” a mulher nesse tipo de evento, dentro do segmento automotivo e na sociedade como um todo. Além disso, esta ação também serve para mostrar que todas as pessoas são capazes. Independentemente da questão física, intelectual, racial ou qualquer outra.

Qual tem sido a repercussão do público e da imprensa?

A repercussão tem sido extremamente positiva. No primeiro dia, os visitantes estranharam ver pessoas que fugiam aos padrões estéticos do evento, mas com o passar do tempo percebemos que a aprovação de quem passava pelo estande era alta. Esse esforço tem repercutido de maneira muito positiva. Veículos de mídia entraram em contato conosco para saber mais sobre a ação, colegas do segmento automotivo visitam o estande para entender melhor o que fazemos e até um grupo de 40 jovens da APAE que souberam da iniciativa vem nos visitar nesta sexta-feira (16).

De que maneira tais iniciativas estão em linha como a maneira como a empresa se posiciona?

A FCA sempre se posicionou a favor da diversidade de raça, gênero e qualquer particularidade física ou intelectual. Todo esse esforço em abraçar as diferenças se traduz em ações como esta do Salão do Automóvel que se fortifica e se desdobra em novas frentes a cada ano. Desde edições anteriores do Salão, a nossa estratégia se pauta em vestir as modelos com roupas que expusessem menos o corpo feminino e também nos preocupamos em convidar homens para conversar com o público.