Mesmo com a tecnologia digital avançando, a Lego  mantém conexão com o imaginário infantil devido à perspectiva lúdica dos seus brinquedinhos que encaixam, mais do que peças, principalmente o senso de coletividade.

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 No ano passado, a empresa conseguiu atrair 100 milhões de crianças. Esse dado foi levado em conta pelo Reputation Institute, que a listou entre as empresas mais influentes do mundo em itens como inovação, governança e cidadania, ao lado da Rolex, Disney, Google, Sony, BMW, Apple, Canon, Mercedes-Benz e Microsoft.

Na avaliação de Julia Goldin , vice-presidente executiva de marketing da Lego, a empresa considera “imprescindível” o contato das crianças com as peças da marca, que anotou lucro líquido de 31% no ano passado, representando US$ 1,34 bilhão.

“Nada substitui a experiência das mãos. Por isso, os pontos de venda são todos pensados para atrair as crianças e facilitar seu contato com os produtos. Diversos eventos gratuitos promovem a experiência Lego de brincar. O Lego Movie foi a primeira interação viva, em movimento, dos brinquedos da marca que o público pôde vivenciar”, afirma a executiva, ressaltado que, mesmo assim, não há descuido com o cenário digital. “A empresa reconhece o apelo do entretenimento digital, principalmente para seu público-alvo, crianças de cinco a oito anos. Prova disso são as constantes novidades em games, produtos com aplicativos 2.0 como o lançamento mundial da Lego, a linha Nexo Knights e o sucesso Minecraft”.

A operação própria da Lego no mercado brasileiro teve início há cerca de dois anos. Antes ela era representada pela MCassab. “O país está apenas abaixo dos Estados Unidos, mas figura ao lado da Inglaterra, França, China e Japão em termos de crescimento”, enfatiza Vivian Marques, gerente de marketing de Lego. Entre os varejistas que comercializam a marca estão Ri Happy, PBKids, Lojas Americanas, Carrefour e Walmart; além das lojas próprias que, na expressão de Vivian, “agregam produtos exclusivos e representam o DNA da marca”.

Vivian acrescenta: “As crianças têm o direito de se divertir e de se desenvolverem por meio do ato de brincar; porque quando as crianças brincam, elas aprendem. E, quanto mais nova, mais apta está para ser estimulada. O contato com as peças promove a experiência de brincar da Lego, pois nada substitui o contato das mãos com as peças e a sensação de criação infinita, o famoso ‘eu que fiz’, que só a marca detém. Já para os adultos, o que notamos é que cada vez mais colecionadores estão surgindo. Adultos que, quando crianças, brincaram com Lego não abandonam a marca, mas sim passam a comprar produtos mais complexos, como Technic ou mesmo a linha Architecture, que traz os principais monumentos do mundo replicados em Lego”.