A opinião dos consumidores está dividida no que diz respeito ao marketing direcionado – aquele que acessa seus dados de navegação para oferecer mensagens publicitárias de produtos e serviços que sejam de seu interesse. Há grupos que rejeitam as tecnologias de coleta de dados e rastreamento online, enquanto outros aprovam a concessão de informações em troca de ofertas e descontos personalizados.
A conclusão vem de uma pesquisa da Communispace, que entrevistou mais de 8,3 mil participantes. Destes, 86% disseram que desativariam os sistemas de rastreamento se tivessem uma ferramenta para isso, enquanto 30% afirmaram que até pagariam para ter a garantia de que suas informações não fossem coletadas.
Mas se esses números indicam certa hostilidade em relação ao marketing direcionado, outros apontam o contrário. O estudo, por exemplo, mostra que 70% dos consumidores disseram que compartilhariam suas informações de forma voluntária em troca de descontos. Além disso, se pudessem escolher, 14% dos consumidores preferiria fazer compras via ofertas personalizadas com base em seu histórico de compras e pesquisas online.
A maioria (62%), porém, afirma que optaria por procurar promoções e descontos de vários vendedores em um único site. Já a ideia de transmitir os desejos de compra para que os vendedores façam suas ofertas, criando uma espécie de leilão, agradou 24% dos entrevistados.
O relatório conclui também que o principal fator que pode minar a confiança do consumidor é a venda de dados. Apenas 13% aprovam essa prática e alguns entrevistados mostraram-se dispostos a boicotar empresas que façam desta uma prática recorrente. “Enquanto algumas pessoas aceitam perder um pouco de sua privacidade como um custo de comprar pela internet ou um modo de receber benefícios, a maioria afirma não utilizar ou gostar do marketing direcionado, especialmente de fontes não familiares”, afirma Julie Schlack, vice-presidente de inovação da Communispace.
