Eastwood: experiência digital precisa de ferramentas

Com o avanço das iniciativas de brand experience, Matt Eastwood, CCO global da JWT, falou sobre o tema neste domingo (21) no Festival do Clube de Criação de São Paulo. O executivo comentou especialmente a respeito das experiências reais e digitais, e como engajar o público com isso.

Eastwood constatou que experiência, por definição, é “alguma coisa que acontece com alguém”, para depois colocar o panorama da experiência na comunicação. O CCO da JWT apontou especialmente para um tipo de experiência, a digital. “Os millenials são dirigidos por experiências, isso é muito visceral para eles, que depois de viverem aquilo passam a compartilhar e falar a respeito. E isso é ótimo para a comunicação”, disse.

Entretanto, a provocação do executivo foi justamente nessa linha. “Qualquer experiência virtual empalidece diante de uma chance presencial”, disse Eastwood, dando como exemplo uma apresentação de balé: mesmo com tecnologia de som e imagem de ponta, um concerto real emociona muito mais.

E um dos fatores é justamente a tecnologia: Eastwood acredita que ainda não existem ferramentas boas o suficiente para reproduzir de forma fiel a sensação de uma experiência real, mesmo se for realizada em tempo real. “A internet e o real time conectam as pessoas, mas há uma limitação tecnológica – que está diminuindo”, disse o executivo, citando o filme Gravity como um dos exemplos bem-sucedidos de “transfusão” de experiência para engajar o público.

 

Em relação ao uso das marcas neste universo, Eastwood constatou que “algumas marcas estão preparadas e promovendo real e virtualmente grandes experiências, como Coca-Cola e Nike. Outras empresas tendem a olhar para o ótimo trabalho dessas grandes marcas e se inspirarem, pensando ‘nós deveríamos estar fazendo aquilo’”.