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Nesta terça-feira (18), no Palácio Tangará, em São Paulo, a Abril realizou o evento Café Exame Educação. A proposta foi debater a importância do ensino na evolução da economia e sociedade no Brasil, desde a engenharia até a formação básica, incluindo o mundo do marketing e comunicação para as mais diversas áreas que fomentam a indústria. Entre os pontos de maior preocupação, há a necessidade de atender as demandas rápidas que o mercado impõe, principalmente no que diz respeito ao preparo para o futuro e a revolução 4.0, com a tecnologia e a conectividade como grande aliada para alavancar o crescimento.

Quem abriu o encontro foi Rafael Lucchesi, diretor de educação e tecnologia da CNI e diretor geral do SENAI. Em sua visão, é preciso urgentemente conectar a educação com o desenvolvimento e o projeto de um país mais promissor. “Por que a imprensa muitas vezes posiciona o Ministro da Fazenda com mais destaque que o Ministro da Educação? Isso não deveria ser comum”, avalia.  

Em seguida, aconteceu no evento um debate sobre “a inovação disruptiva no ensino de engenharia”. Nele, Fábio Prado, reitor do Centro Universitário FEI e Victor Teles, gerente-executivo da empresa de automação Festo, geraram alguns insights sobre o desenvolvimento da engenharia para as mais diversas esferas de atuação na educação e na economia do Brasil.   

Para Victor, a função dos engenheiros hoje não está mais meramente restrita com a própria indústria. Além disso, sua fala defende que não é somente o avanço tecnológico que puxa o mercado, mas sim a demanda do consumidor por novos e melhores produtos e serviços. “Hoje o engenheiro é fundamental para desenvolver tudo aquilo que a sociedade necessita. Ele precisa pensar na concepção, produção, na assistência técnica e até mesmo o descarte do produto. Os cursos tendem a se modificar para atender a essas necessidades da nova geração”, pontua.

Outro aspecto importante abordado na discussão é como o impacto da revolução digital tem sinalizado a urgência das mudanças na forma de ensinar. “E não só na engenharia. O mercado pede uma mescla de habilidades técnicas com habilidades comportamentais”, acredita Fábio Prado. Para ele, muitas questões são importantes neste processo, principalmente estimular um conceito de espaço universitário mais aberto, colaborativo e que estabeleça uma conversa mais assertiva com o mundo real.

O executivo da Festo também acha que as faculdades, mais do que preparar o profissional para o mercado atual, devem preparar seus alunos para o futuro. Como? Aplicando o conceito de life learning, ou traduzindo para o português, ensinar as pessoas a aprender constantemente, se renovar, e se adaptar a um mercado cada vez mais dinâmico e tecnológico, seja qual for a área. E vale, muito, este ensinamento aplicado ao mercado de propaganda e marketing, que nunca sofreu mudanças tão drásticas como nos últimos anos.

Por fim, para encerrar o encontro, participaram de um debate sobre “Os desafios da educação básica”, Priscila Cruz, presidente do movimento Todos pela Educação e João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto. No cerne da discussão, a relevância de investir na educação de base, desde o início da vida escolar dos brasileiros até a ponta do processo, evitando que os alunos cheguem com tanta defasagem no ensino médio. Por fim, mirando o mercado de trabalho, o debate rumou para a necessidade de construção de itinerários formativos diferenciados para inserir profissional os jovens do país.