Oito em cada dez internautas (82%) atribuíram notas altas quanto ao grau de segurança para comprar pela internet, segundo uma pesquisa realizada pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Os resultados sobre o consumo virtual registraram que o hábito de comprar pela internet é considerado cada vez mais seguro pelos consumidores. Esse percentual aumenta para 93% entre os consumidores com maior frequência de compras virtuais.

No entanto, mesmo com esse alto índice, 58% disseram evitar cadastrar o cartão de crédito para compras futuras; 54% alegaram só comprar em sites conhecidos ou indicados; 53% realizam a compra em um site que tenha um sistema de pagamento certificado e 45% fazem a compra em sites que não possuem reclamações nas redes sociais ou em portais como o “Reclame Aqui”.

Outro fator observado é que o preço baixo e grandes promoções gera desconfiança em 31% dos consumidores. Três em cada dez imprimem todos os passos da compra e os emails de confirmação. Outros 20% afirmam que sempre passam um antivírus no computador, para que seus dados não sejam clonados.

“Ainda que já esteja bastante difundido entre os brasileiros, o comércio virtual ainda levanta muitas dúvidas entre os consumidores. Como funciona o pagamento, o sistema de entregas dos produtos, e quais os direitos e deveres das empresas são questionamentos comuns e que devem ser feitos constantemente”, diz o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli.

Dos motivos citados para não correr riscos, 28% dos consumidores virtuais garantem não comprar em sites/marcas desconhecidas por não saber a procedência do produto, enquanto 12% justificam dizendo que não o fazem por desconfiar de sua qualidade. Apenas 3% dos entrevistados afirmaram não tomar cuidados ao comprar pela internet.

Ainda assim, 54% dos entrevistados já fizeram compras de produtos que não conheciam a marca ou o site, e o valor é considerado o principal motivador: 42% justiçam a compra dizendo que o preço do produto era muito baixo. Outros 8% dizem tratar-se de um produto muito diferente, único ou que “ninguém mais tem”; e 4% que não conhecem outro site ou marca que tenha produto similar.

Os itens mais comprados pela internet nas situações de risco são as roupas (32%, sobretudo entre as mulheres – 37%), os eletroeletrônicos (20%), calçados (19%), acessórios (12%) e livros (11%).

Foram ouvidas 676 pessoas das 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de 3,7 pontos percentuais e a confiança é de 95%.