Desde que não enganosa, a publicidade de governo precisa e deve ser feita com regularidade.

Em um país com o tamanho do nosso e com a multiplicidade de regiões, culturas, costumes e segmentos econômicos, é imperioso que, no caso, o governo central saiba se comunicar com a população.

Algumas vezes utilizada como válvula de escape para pagamento de propinas a governantes inescrupulosos, a propaganda oficial ficou na berlinda por um mal que não fez; fizeram utilizando a sua função.

Esses malfeitos geraram uma distorção no uso desse importante ferramental de comunicação: qualquer campanha ou peça isolada de governo é vista com desconfiança, o que é totalmente injusto na maioria dos casos. Atrevo-me até a acreditar que hoje em todos os casos.

Essa desconfiança é alimentada por um ranço ideológico, que julga a publicidade – toda ela – como uma atividade exclusiva do liberalismo econômico. Essa mesma corrente de pensamento tem outros alvos permanentes, como os rentistas, sem se dar conta que é impossível a economia funcionar excluindo esse importante segmento de atuação.

Isso não significa que esses alvos devam funcionar com inteira liberdade. Há que haver sempre procedimentos de controle, dentro porém dos limites impostos pelos princípios democráticos.

Os governos e as populações precisam, portanto, tanto da publicidade como dos bancos, dentre outros setores e atividades condenados pelo atraso ideológico, que teima em persistir em um mundo que já provou desse veneno por décadas e deu no que deu.

Julguei oportuno comentar sobre isso, ao me deparar logo cedo nos jornais que ainda leio diariamente, com um bom anúncio de página assinado pelo Governo Federal, listando importantes medidas que já se tornaram realidade nos quatro primeiros meses da nova gestão.

O título do anúncio é incisivo: “120 dias com coragem para fazer as reformas que o Brasil precisa”.

Temos que acreditar e apoiar, enquanto a confiança permanecer. Pelo Brasil e seu povo e não por simpatias pessoais e ideológicas.