Ao longo dos últimos 20 anos, não faltou café no bule do SBT. Nem testes de DNA, um dos quadros mais icônicos do Programa do Ratinho. Foram mais de seis mil exames, dos quais Ratinho faz questão de reafirmar sua veracidade. No período, podem ser contabilizados também inúmeros microfones danificados com as tradicionais brigas de casal após a revelação da paternidade.

Mas nem só de confusão é feito o programa, que ganhou ao longo do tempo a leveza de novos quadros de calouros, atrações musicais no boteco do Ratinho e até mesmo um boletim de notícias com o Jornal Rational. Fazendo um balanço sobre as transformações da atração, Ratinho confessa que o sensacionalismo e palavrões fora da medida foram elementos populares no passado, mas hoje os tempos são outros.

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Marcado pela irreverência e certa dose de rabugice, o apresentador se diz satisfeito com o momento do programa, que acaba de completar em setembro duas décadas na emissora do patrão Silvio Santos. O processo de mudança quanto aos formatos e linguagem foi natural, e hoje agrega novas audiências e consequentemente, uma nova relação com anunciantes.

“O SBT se transformou em uma televisão para a família. E aprendi que eu faço melhor o programa dando risada do que sendo sério. Aprendi que a gente não precisa falar palavrão para ter audiência”, destacou o apresentador durante encontro para a imprensa na sede do SBT, nesta terça-feira (11), em São Paulo.

Sobre as transformações que passou, o comunicador defende que as mudanças foram graduais e que está satisfeito com os novos públicos que hoje dialoga. “Hoje a molecada me ama. Havia uma série de coisas que precisava compreender. Aprendi que o sensacionalismo já está na internet. Eu não preciso fazer programa desse tipo. Todos os absurdos, as curiosidades, tudo isso já está lá, então, não vou concorrer. Prefiro fazer o inédito, algo autêntico que só eu posso entregar”.

Na próxima edição impressa do PROPMARK, o apresentador e dono da Rede Massa de Televisão e Rádio fala sobre sua relação com o mercado anunciante, negócios da comunicação e necessidade de constante reinvenção.