O diretor Orlando Martins e as apresentadoras Poliana Abritta, Fernanda Gentil, Regina Casé e Renata Vasconcelos

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Globo colocará no ar dois dias de programação dedicada às mulheres. Para chamar a atenção dos espectadores, estreia na sexta-feira (6) um filme de divulgação da ação. O comercial, com direção de cena de Orlando Martins, destaca os talentos femininos da Globo, com participação de Sandra Annenberg, Glória Maria, Renata Vasconcellos, Poliana Abritta, Glenda Kozlowski, Fernanda Gentil e Regina Casé.

“O conteúdo da campanha é de discussão e o formato, de celebração”, explica Leandro Castilho, um dos criativos da campanha, ao lado de Mônica Tommasi e Alexandre Tommasi. A direção de criação é assinada por Castilho, Sérgio Valente e Mariana Sá. De acordo com o criativo, o conceito do filme é uma oposição. “As mulheres são maioria em muitos lugares, mas ainda são tratadas como minoria muitas vezes”, observa.

Durante o final de semana dos dias 7 e 8 de março, os homens não terão espaço nas bancadas dos jornais da emissora e haverá conteúdo especial em vários programas dedicado às questões de gênero. “A programação abre com Sandra Annerberg no sábado e vai até o ‘Fantástico’”, explicou Beatriz Azeredo, diretora de responsabilidade social da emissora.

A prática de colocar as jornalistas na bancada dos telejornais para comemorar a data foi usada pela primeira vez no ano passado. “A audiência do ‘Jornal Nacional’ apresentado por Sandra Annenberg e Patrícia Poeta foi a maior para um sábado no ano”, revela Castilho.

Há dois anos, a questão da violência contra a mulher foi tratada em um comercial estrelado por Lília Cabral. No ano passado, a campanha mostrou o conceito das mulheres ocupando os espaços. Neste ano, o questionamento gira em torno de a maioria ser tratada como minoria. “O filme em si é muito simples, mas é de grande importância para a sociedade, e para o mercado é fundamental por mostrar que nosso olhar é mais amplo e busca sair dos formatos tradicionais”, comenta o criativo.

Segundo Beatriz, a discussão sobre as questões de gênero sempre esteve presente na emissora e a data é uma oportunidade para celebrar o que foi conquistado até aqui e continuar lutando pelos direitos. Na dramaturgia, é emblemática a importância do seriado “Malu Mulher”, estrelado por Regina Duarte, em maio de 1979. “A Globo tem essa tradição de a dramaturgia gerar debate em torno das questões da mulher. Falamos sobre câncer de mama, tráfico de mulheres, opção sexual… A emissora também tem a tradição do conceito das campanhas de prestação de serviço”, encerra.