Um canal de vídeos on demand (VOD) com intuito de causar impacto intelectual ou estético em quem assiste. Essa é a proposta do Philos, nova iniciativa da Globosat que chega ao mercado em maio, inicialmente apenas no Now, plataforma da NET. O lançamento é uma tentativa da programadora de investir e testar esse modelo de negócio.
Segundo Gustavo Ramos, diretor de novas mídias da Globosat, ainda não há expectativa apurada de retorno ou vendas do Philos, justamente pelo ineditismo do mercado on demand no Brasil. “Produtos desse tipo não são comuns no país, então a chance de fazermos uma estimativa é menor. Faz parte do trabalho de inovação e novos mercados da Globosat”, diz o executivo. “Mas o Philo tem um potencial enorme. Uma parte grande dos assinantes de TV paga pede por este conteúdo”, completa.
O cliente poderá escolher entre diversos títulos de documentários, espetáculos, musicais e filmes. “O que temos dito é: o que dá liga é o fato da programação causar impacto na pessoa que está assistindo, seja esse impacto estético de assistir a uma coisa fantástica, ou intelectual. É o tipo de programação que não deveria passar incólume pelo espectador”, afirma o executivo.
Ao pagar R$ 14,90, o consumidor terá acesso ilimitado a toda a programação do Philos, acessível por meio do controle remoto na plataforma Now. São inicialmente 150 títulos disponíveis, com planejamento de chegar a 700 opções.
O canal ainda terá espaços para inserções publicitárias, mas que não significam uma parcela relevante da receita proveniente para os canais de vídeos on demand, que arrecadam mesmo com as assinaturas de consumidores. O faturamento do Philos será dividido entre operadora e programadora, embora a porcentagem de cada um não seja revelada.
Ramos ainda chama a atenção para as iniciativas programadas para o mercado de vídeos on demand. “Temos 360 mil horas de conteúdo no nosso acervo. Fazer a curadoria dele e lançar produtos criativos nas mais diversas plataformas é o que mais diverte a nossa equipe”. Temas como humor e esportes, dois dos mais desejados, podem ter, no futuro, canais on demand.
