Estamos num momento em que tudo está sendo repensado. E isso se agrava no Brasil em função do momento em que estamos passando. Ao começar o ano de 2015, sabíamos da dificuldade que passaríamos, mas não prevíamos as questões políticas que agravaram a crise econômica no país. Até agora, a notícia boa deste ano é que os resultados, de um modo geral, serão melhores do que os do próximo ano. Que dureza!
No mundo também há questionamentos, porém numa fase de recuperação, muito auxiliada por algo que está meio esquecido no Brasil, o marketing e suas ações.

Hoje o marketing vive uma crise de identidade, confundido e até ofuscado pelo ainda incompreendido, ao menos por muitos, mundo digital. Afinal, onde está o marketing na indústria digital? Que participação tem o marketing nas empresas de tecnologia que insistem em se posicionarem como “a serviço da comunicação”?
O marketing perdeu espaço no Brasil para o varejo, grandes cadeias de lojas nascidas de fusões e aquisições se tornaram poderosas compradoras de mídia, assegurando vendas à indústria e assim suas marcas tiveram visibilidade e as marcas da indústria foram perdendo força e reconhecimento. Hoje não se compra pela marca e pelos seus atributos, mas sim pelo preço e a forma de oferta daquele momento. Esse movimento fez com que as marcas perdessem investimento e daí a perda significativa de clientes em agências.

Cadê a Brastemp? A Consul? A Philips?…

Se algo de bom pode nos acontecer em 2016, e eu espero e acredito que vá acontecer, é que, como as vendas caíram significativamente devido à recessão, a indústria não repassará sua verba de propaganda para as cadeias de varejo, que por sua vez não assegurará vendas e não terá suas “excelentes condições de compra “por volume que não era atingido pela indústria e assim com as suas marcas deverão recuperar o posicionamento e o tempo perdido através de campanhas que não serão só veiculadas em grandes veículos, mas também através das conexões que os novos meios nos permitem e com isso haverá o movimento de uma lei que nos faz viver e trabalhar neste ofício, a lei da oferta e procura e se sairá melhor quem tiver o reconhecimento do consumidor.

Melhor para quem nunca abandonou o marketing.

Que assim seja! Feliz 2016 a todos!