Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Leonardo Gryner, diretor-geral do Comitê Organizador Rio 2016, foram presos nesta quinta-feira (05) pela Polícia Federal na segunda fase da Operação Unfair Play.

Divulgação

Ambos são investigados por envolvimento em um suposto esquema de compra de votos do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha da cidade do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos no ano passado.

A investigação quer descobrir se Nuzman e Gryner intermediaram o pagamento de propina no valor de US$ 2 milhões para Lamine Diack, presidente da Federação Internacional de Atletismo, em troca do apoio à candidatura da cidade brasileira. O esquema contaria com a participação do ex-governador fluminense, Sérgio Cabral, condenado recentemente a 45 anos de prisão.

Neste caso, Nuzman seria a ligação entre o ex-governador e Diack. O pagamento da propina teria sido feito por Arthur Soares a mando de Cabral um mês antes do Rio ser escolhido.

A prisão temporária de Nuzman e Gryner foram decretadas para impedir que ambos continuem atuando na interferência da produção probatória. Eles podem ser indiciados pela Polícia Federal por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.