Pode uma plataforma perder nove milhões de perfis e ainda assim isso ser interessante para os anunciantes? Os resultados do terceiro trimestre divulgados nesta quinta-feira (25), pelo Twitter, mostram que sim. A base global caiu de 335 milhões de pessoas para 326. Mas era exatamente isso que os anunciantes e investidores esperavam, que já que a empresa se concentrou em “limpar” perfis fakes, assediadores e usuários com mal comportamento de modo geral.

A notícia boa? A receita da empresa no terceiro trimestre ficou em US$ 758 milhões, um avanço de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, US$ 650 milhões representam ganhos em publicidade, aumento de 32%. Além da limpeza da base, a evolução também se relaciona com o maior interesse de anunciantes em transmissões ao vivo, incluindo a Live Nation Entertainment, Major League Baseball e Major League Soccer, direitos adquiridos recentemente pela rede social.

Em julho, o Twitter apagou milhões de contas inativas, que inflavam artificialmente o número de seguidores de algumas marcas. Jack Dorsey, CEO da plataforma, também disse recentemente ter se reunido com alguns dos principais anunciantes do Twitter durante a Semana de Publicidade de Nova York, em setembro. O objetivo foi discutir os esforços de “limpeza” da base.

Com a evolução na receita publicitária, a empresa divulgou um lucro ajustado de US$ 0,21 por ação, bem acima de uma previsão média, que estava em US$ 0,14 por ação.