O propósito das marcas, mais do que nunca, está no centro da discussão global e na expectativa do público mais jovem nesse momento tão controverso – pós-Brexit, na era Trump, nas controversas políticas em torno da imigração e inclusão. As pessoas esperam que marcas líderes como Apple, Google, Facebook e Microsoft se envolvam mais intensamente nas discussões que regem o planeta hoje.

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É o que ficou claro na nova edição do estudo BrandZ, da Kantar Millward Brown, que revelou as 100 marcas mais valiosas do mundo, que totalizam US$ 3,6 trilhões e cresceram no último ano 8%, bem mais do que os 3% do ano anterior. As dez primeiras do ranking global são, nessa ordem: Google, Apple, Microsoft, Amazon, Facebook, AT&T, Visa, Tencent, IBM e McDonald’s (veja ao lado as 25 mais valiosas).

As duas categorias que mais cresceram – chegando a dois dígitos – foram varejo e tecnologia, puxadas pelas marcas Amazon e Alibaba. Em terceiro lugar vem fast food, que cresceu 7% em relação ao ranking anterior. Duas categorias sofreram bastante com a crise: vestuário em geral e a chamada “fast fashion”. A busca foi por roupas de maior custo-benefício e durabilidade, com destaque para roupas e acessórios esportivos. Um bom exemplo disso é que a Adidas, com seus tênis retrô, foi a marca de crescimento mais rápido: 58% no seu valor. A categoria varejo teve destaque: cresceu 14%. A Amazon cresceu 41% e subiu três posições em relação ao ano passado, chegando ao Top 5 depois de Google, Apple e Microsoft, e à frente do Facebook. No ranking específico de marcas de varejo, no entanto, a Amazon é a líder, seguida de Alibaba, The Home Depot, Walmart, Ikea, Costco, Lowe’s, Ebay, Aldi e Jd.com.

Como sempre, os Estados Unidos se destacam entre as 10 marcas que mais valorizaram, em todo o planeta, e o país segue dominando o ranking das 100 mais, com 54 marcas representando 71% do valor total.
Algumas marcas estreiam no ranking das 100 mais. São elas: Xfinity (23ª), YouTube (65ª), HewlettPackard (76ª), Salesforce (90ª), Netflix (92ª), SnapChat (93ª) e Sprint (96ª).

Skol é a líder do ranking das 10 mais na América Latina. Curiosamente, há quatro marcas de cerveja entre as 10 marcas mais valiosas da região. Além de Skol estão Corona, Brahma e Aguila, nessa ordem. Ao todo as quatro valorizaram 23% e valem, juntas, US$ 24,5 bilhões. A de maior crescimento entre as quatro foi a Brahma, que cresceu 34% em relação a 2016. No ranking global das 10 maiores marcas de cervejas, a Skol ocupa a quinta posição, atrás de Budweiser, Bud Light, Heineken e Stella Artois, e a Brahma está na sétima posição.

As turbulências políticas e econômicas na região afetaram profundamente o valor das marcas, consequência da desvalorização monetária. Das 10 mais do ranking regional, apenas seis cresceram em valor.

Confira o ranking: 

Top 25
Ranking Marca Valor em 2017 (em bilhões de US$) Mudança de posição em relação a 2016
1 Google 245,581 0
2 Apple 234,671 0
3 Microsoft 143,222 0
4 Amazon 139,286 3
5 Facebook 129,8 0
6 AT&T 115,112 -2
7 Visa 110,999 -1
8 Tencent 108,292 3
9 IBM 102,088 1
10 McDonald’s 97,723 -1
11 Verizon 89,279 -3
12 Marlboro 87,519 0
13 Coca-Cola 78,142 0
14 Alibaba 59,127 4
15 Wells Fargo 58,424 -1
16 UPS 58,275 1
17 China Mobile 56,535 -2
18 Disney 52,04 1
19 GE 50,208 -3
20 MasterCard 49,928 0
21 SAP 45,194 1
22 Starbucks 44,23 -1
23 Xfinity 41,808  *
24 The Home Depot 40,327 2
25 Deutsche Telekom 38,493 -2
       
      *nova no ranking
      Fonte: Kantar Millward Brown