A Reed Exhibitions Alcantara Machado passou por uma transformação no departamento de marketing para oferecer uma atenção especial às feiras de negócio que realiza e ficar mais próxima dos clientes.

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“Antigamente, o que eu tinha aqui dentro era um departamento central. Essa equipe de profissionais prestava serviço para cada evento, como se fosse um produto. Com a mudança, os eventos foram agrupados por similaridade. O marketing foi descentralizado e especializado para cada portfólio”, explica Paulo Otávio, VP de marketing da Reed Exhibitions Alcantara Machado.

O departamento foi dividido em seis setores: Construção, Mobilidade, Transporte e Logística, Energia, Industrial e Entretenimento/Cultura.

“Percebemos que nos períodos em que a economia tem desaceleração, como nos últimos três anos, a necessidade de estar mais próximo dos clientes fica à flor da pele. Se o departamento ainda estivesse centralizado, estaria trabalhando com o próximo evento. Quando divido em business units estou pensando em eventos de outubro do ano que vem”, conta Otávio.

A empresa é a responsável, por meio da nova área de Mobilidade, pelo Salão do Automóvel, que acaba de ser realizado no São Paulo Expo, até o último dia 20. Além da exposição de carros e protótipos, que atrai multidões, este ano os visitantes puderam, por exemplo, realizar test drives em uma área externa de 20 mil metros quadrados, com carros de 15 montadoras, apresentando 35 modelos diferentes. Marcas como GM, Jaguar, Land Rover, Peugeot, Citroën e Volkswagen participaram da ação.

Números

A Reed Exhibitions Alcantara Machado, que está no Brasil desde 1997, realiza 40 eventos, entre anuais e bianuais, reunindo 7.100 marcas e 1,2 milhão de compradores. Entre as feiras que realiza aqui estão a Equipotel, a Expolux e a Feicon Batimat. No mundo inteiro, são cerca de 500 eventos em 42 países. A empresa se apresenta como líder mundial em feiras de negócio.

Feiras

De acordo com o executivo, o Brasil ainda tem muito a crescer no setor. “As duas referências mundiais em infraestrutura para feiras e eventos são os Estados Unidos e a Alemanha. Nesses dois países não só as empresas privadas investem, mas também os governos. Eles entenderam que feiras de negócio são um indutor econômico muito forte”, explica Otávio.

O executivo cita que mesmo cidades pequenas desses países têm pavilhões bem estruturados, que muitas vezes não pertencem à iniciativa privada.

Segundo a Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras), só na cidade de São Paulo, o impacto econômico total das feiras de negócio chega a R$ 16,3 bilhões, sendo R$ 4 bilhões apenas em gastos dos turistas com hospedagem, alimentação e lazer, por exemplo.

“São Paulo talvez esteja um pouco fora dessa curva do Brasil, porque soube se posicionar como uma cidade de negócio. O Anhembi existe há 46 anos e isso ajudou a posicionar a cidade”, diz.

Otávio conta que, nos últimos dez anos, o mercado de feiras de negócio cresceu cinco vezes. “Se olharmos a fotografia de um ano para o outro, alguns setores sofreram. Eu soube até de cancelamentos. Evento é um organismo vivo e reflete a situação de mercado diretamente. Tem de olhar o filme todo”, fala.

Para o executivo, a constância é algo muito importante no mercado. O segredo é garantir às empresas que os eventos realmente vão ser realizados, independentemente da situação econômica.

“Essa constância é o nosso diferencial. Nós vendemos uma promessa. A assiduidade e a confiança nas nossas marcas são essenciais”, afirma.