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Especialista em varejo, o publicitário Allan Barros chegou ao comando da agência Revolution em 2015, quando o negócio contabilizava um faturamento de R$ 50 milhões. Neste ano, quadruplicou o caixa, com R$ 200 milhões, e para o ano que vem a meta é atingir R$ 300 milhões. Com a compra de uma das cotas do futebol global de 2017, cujo valor é R$ 283,5 milhões, mais R$ 28,4 milhões para as placas dos estádios onde serão realizados os jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, ficou mais fácil. Segundo Barros, a Revolution passa a integrar o grupo das principais agências do país e uma das maiores com capital 100% nacional.

“Trabalhamos muito em 2016 para consolidar a marca nacionalmente. Ninguém poderia imaginar a Ricardo Eletro patrocinando o futebol um ano atrás. Consolidamos este ano todas as marcas em torno da Ricardo Eletro, num processo de fusão que o varejo nunca viu. O futebol era sonho para daqui uns três anos. A oportunidade surgiu e a Ricardo Eletro é a única empresa do varejo brasileiro que ainda tem dono decidindo. Ninguém entende mais de varejo nesse mercado e o Ricardo Nunes foi rápido para decidir”, raciocina Barros.

A rede Ricardo Eletro é composta por 800 pontos de vendas, em 23 estados. Todas as marcas da Máquina de Vendas estão integradas à Ricardo Eletro: Insinuante, Salfer, City Lar e Eletroshoping. A agência tem 120 profissionais, dos quais 80 dedicados à operação do cliente. A verba da marca cresce com a decisão de comprar o futebol global. “Mas é desproporcional ao tamanho da visibilidade que o futebol vai trazer”, explica Barros. “A audiência do entretenimento ao vivo, principalmente o futebol, vai crescer muito. Não muda nossa estratégia, mas vamos ganhar mais três dias fortes de mídia na semana com o futebol”, acrescenta.

A Revolution não quer se concentrar na Ricardo Eletro, seu maior cliente. Barros busca novos negócios com a expertise acumulada em varejo. No último dia 14 anunciou a conquista da centenária rede de lojas Colombo. Ele dirigiu marketing da Casas Bahia e teve a própria agência, a Fala!, posteriormente vendida ao grupo Fischer, quando se transformou em Fischer+Fala!. “O mais difícil do varejo é vender e atender à pressão do dia a dia construindo marca. Essa é a nossa maior experiência. Temos um cuidado com a estética dos anúncios para serem reconhecidos pelo consumidor, que hoje recebe uma quantidade enorme de informações ao mesmo tempo. Ricardo Eletro não tinha reconhecimento de marca, mas, em um ano, conseguimos consolidar várias marcas regionais em uma nacional com forte estratégia de vendas”, finaliza.