Divulgação

Todos sabemos, e sentimos, que o mundo está mudando numa velocidade tão grande que, quando achamos que aprendemos algo, tudo, ou quase tudo, torna-se totalmente obsoleto e é deixado para trás. São mudanças que afetam a sociedade na sua base, incluindo valores, a forma de organizar e agir. Tudo segue em constante estado de mudança, dificultando a consolidação de hábitos, a aprendizagem e as rotinas na vida das pessoas.

Os mais estudiosos classificam e chamam o que estamos vivendo de Tesarac. Em rápidas palavras, significa períodos da história em que ocorrem mudanças sociais e culturais profundas. É um período de caos, confuso mesmo na sua essência, pois vivemos a transição entre o que estava estabelecido e o que virá a ser estabelecido.

A velocidade com que essas mudanças se apresentam afeta diretamente a comunicação como ciência humana. Hoje, não se permite mais criar estratégias imutáveis e fixas. Tudo é novo e muda a cada instante. Tecnologias e comportamentos. E vou além: é impossível olhar para o futuro com as práticas do passado, devido ao dinamismo dos dias atuais e das mudanças constantes de padrões.

Por tudo isso, uma estratégia de comunicação, nos dias de hoje, pode ser perfeitamente comparada a um organismo, tamanha complexidade e forma como o plano tem que se movimentar, e se adequar, para continuar vivo. É um recomeço a cada dia ou com ciclos cada vez mais curtos, obrigando a uma reorganização diária de ações. O que leva, muitas vezes, um plano a ter várias rotas, que se apresentam para ligar pontos de um mesmo pensamento a um objetivo. Pode ser encarado como um Waze, como citou Walter Longo em seu último livro. Ou seja, sabemos de onde saímos e para onde vamos, mas o caminho é escolhido na hora. Ou melhor: no dia a dia.

Porém, na vida profissional, como sabemos, não existe esse aplicativo para nos guiar. A condução do plano e das estratégias está nas mãos de pessoas bem treinadas e muito capacitadas, com sólida formação para responder a essas demandas e necessidades dos clientes em relação aos dias atuais. E essa forma veloz do mundo traz desafios enormes e importantes, exigindo um profissional mais atento e mais sensível aos movimentos da sociedade, em grupo e, principalmente, individualmente.

E o caminho mais preciso para manter um plano em linha com os tempos atuais, tanto em padrões quanto em comportamento, é criar a lógica do diálogo e, consequentemente, do relacionamento com os públicos. É uma construção da comunicação através do relacionamento, estabelecendo uma conversa entre marcas e consumidor. Só esse contato mais próximo nos ligará aos grupos sociais que queremos conversar de forma perene e constante, e nos fará trabalhar o plano de comunicação de forma eficaz, com resultados eficientes. 

*Diretor associado e responsável pela unidade do Rio de Janeiro da Giacometti Comunicação