Até o segmento de vinhos está usando embalagens produzidas pela gigante global Tetra Pak. Ela está presente em 90 países e, desde 2007, já produziu 290 bilhões de unidades das suas famosas caixinhas com o selo FCS, sigla que indica que há controle de produção florestal no seu processo industrial. E o mercado brasileiro contribui com, pelo menos, 5% desse volume. 

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Leite, queijos, bebidas, refeições prontas e sorvetes são os que mais utilizam a tecnologia da empresa na hora de embalar seus produtos com a tecnologia longa vida, inovação que permite maior durabilidade aos alimentos fora da geladeira. A história dessa marca orientada pelo design, que está completando seis décadas no Brasil, está sendo contada nos seus canais no Facebook e YouTube por meio de um vídeo captado pelo sistema VR (realidade virtual).

O projeto teve a coordenação da agência Animatto, de Belo Horizonte. A produção captou 420 horas de imagens com oito câmeras diferentes. Elas foram utilizadas para garantir os efeitos de VR, além dos equipamentos projetados sob medida para dar vida à ação, que exigiu viagens para 23 cidades brasileiras, um percurso total de 5.200 quilômetros. Um dos destinos do roteiro foi a fábrica da Tetra Pak em Monte Mor, no interior de São Paulo.

O storytelling contempla plantações de eucalipto e canaviais, principais fontes dos insumos para a produção de embalagens cartonadas. Segundo a empresa, o papel usado nessas caixinhas tem selo de manejo sustentável. “Estamos celebrando 60 anos de atuação no Brasil e decidimos contar parte dessa história de uma forma diferente, que mostrasse o nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade. Queremos mostrar ao consumidor que trabalhamos para garantir a segurança dos alimentos e para a preservação do meio ambiente”, justifica Patrícia Bastos, diretora de comunicação da Tetra Pak.

DESIGN

A empresa mantém na sua estrutura uma divisão especializada em design de embalagens. O foco é atender às necessidades dos seus clientes, mas também desenvolvimento de novos produtos, adaptações, tampas, formatos e aplicação de rótulos, por exemplo. Nos pontos de venda, são utilizadas táticas de fomento de branding com a modelagem dos espaços que vão exibir os produtos.

 

“O trabalho de criação é meticuloso e envolve etapas como análises de tendências, estratégia de produto, validação da ideia e prototipagem, até chegar, enfim, ao consumidor. Detalhe é algo que considero mágico no design de embalagem. Não existe algo específico que funcione com tudo; o importante é criar uma experiência memorável para aquele consumidor específico. Ele deve sentir que o produto foi feito para ele, que conversa com ele, caso contrário a conexão se quebra”, detalha Katy Nagib, gerente de inteligência de design da Tetra Pak.