Muita gente da indústria criativa já pensou em trabalhar fora. Mas por onde começar? André Matarazzo, diretor de estratégia criativa e CCO da Flag (SP) e Bernardo Carvalho (que trabalhou em várias agências no Brasil e em Londres e entre outras coisas funcou a @Red Ant), resolveram montar, há um ano e meio, uma rede global que auxilia profissionais a realizar o sonho de trabalhar no exterior. O primeiro produto do projeto The Bridge toma forma: é um guia de Londres, o London Creative Guide, um livro que será oficialmente lançado em português e em inglês até janeiro do ano que vem. Os primeiros 50 exemplares já se esgotaram mas é possível se cadastrar para receber o livro – por R$ 60,00 – no site www.londoncreativeguide.com. O livro conta com alguns patrocínios, como a Nabas Legal Consultancy, especializada em ajudar em processos de imigração.
Nesta quinta (3) o CCRJ realiza um happy hour para divulgar o guia na cervejaria Jeffrey, no Leblon. Mas ainda não estará disponível para compra, apenas para reserva.
Bernardo atua como freelancer em Londres (atualmente na Oliver), e hoje vive a The Bridge praticamente full time, como Chief Happiness Officer. Ele trabalhou em várias empresas tanto no Brasil (Ogilvy, NBS, YDreams) como em Londres (DDB, Sapient Nitro), e diz que há uma demanda forte por profissionais especialmente do mundo digital na capital. Alguns dos cargos onde há maior procura: digital designers, gerentes de projetos digitais, gerentes de produtos, programadores.
“Aqui o digital é colocado na mesa com maior relevência, recebe maior investimento. Nas agências de Londres, há maior qualidade de vida de uma maneira geral, menos egos e camadas de management, maior respeito ao ser humano”, opina.
E há muitas vagas, segundo ele. Os brasileiros são profissionais valorizados e disputados por “pensar fora da caixa”. As maiores barreiras para a imigração: a língua e o visto, naturalmente.
A rede The Bridge é dedicada às áreas de design, propaganda, moda, fotografia, arquitetura e filme. Hoje a rede já conta com 7 mil nomes no mailing e 2 mil cadastros no site. Bernardo espera que o projeto, no qual ele e seu sócio tem investido, torne-se rentável. Um workshop sobre criatividade em parceria com a HyperIsland começa a tomar forma e deve ser realizado em Londres em janeiro.
