A chegada do aniversário de 175 anos da revista inglesa The Economist inspirou a criação da editoria  “Open Future” (“Futuro Aberto”) (www.economist.com/openfuture), que visa, segundo sua editora-chefe, Zanny Minton Beddoes, reafirmar os princípios fundamentais do liberalismo britânico clássico, que vêm sendo desafiados por todos os lados no atual clima político de populismo e autoritarismo.

Em carta aberta aos leitores da revista, Zanny diz que a iniciativa visa reestabelecer a defesa dos valores políticos liberais que sempre guiaram a revista, e envolver o público jovem em particular. A conversa, segundo ela, será conduzida em diversas plataformas da revista – jornal, site, podcasts, vídeo, mídias sociais – e culminará com um evento global, o Open Future Festival, que será realizado no dia 15 de setembro simultaneamente em Hong Kong, Londres e Nova York. 

“Embora o mundo tenha mudado drasticamente desde que James Wilson fundou a The Economist para combater as Corn Laws, o liberalismo, que tem prevalecido desde 1843, continua tão importante e relevante como nunca. Contudo, os principais fundamentos desse liberalismo – fé no livre mercado e sociedades abertas – enfrentam hoje o maior nível de resistência em muitos anos. Da globalização à liberdade de expressão, elementos básicos do credo liberal têm sido contestados por todos os lados”,  disse Zanny. 

O conteúdo para a Open Future será desenvolvido e organizado em cinco temas: Sociedade Aberta (diversidade e direitos individuais versus direitos coletivos); Fronteiras Abertas (migração); Mercados Abertos (comércio, mercados, impostos e reforma de programas sociais); Ideias Abertas (liberdade de expressão); e Progresso Aberto (o impacto e a regulamentação da tecnologia). Além de conteúdo produzido pelos editores da The Economist, a iniciativa contará com comentários de colaboradores externos, inclusive os de opiniões contrárias. A iniciativa será lançada com um debate entre Larry Summers (Presidente Emérito da Universidade de Harvard) e Evan Smith (Professor-Pesquisador de história na Universidade de Flinders, em Adelaide, na Austrália) sobre a política estudantil britânica de não formação de plataformas (em inglês, no platform) e liberdade de expressão nas universidades.  Este último tema é, por sinal, foco de um livro que Smith pretende lançar em breve. 
Uma matéria especial sobre o futuro do liberalismo, assinada por Zanny Minton Beddoes, será publicada na 175ª edição de aniversário da revista, em 15 de setembro. Outras ações incluem um concurso de redação Open Future para jovens, pesquisas e outras visualizações de dados, podcasts, programas de mídias sociais e novos vídeos produzidos pela Economist Films.