Através de investimentos indiretos, a Vivo vem procurando oferecer cada vez mais conteúdo para seus usuários no Brasil, seguindo a tendência mundial das chamadas “telcos”digitais. Ricardo Sanfelice, vice-presidente de estratégia digital e inovação da Vivo, apresentou durante a Rio Content Market o projeto de conteúdo da operadora, baseado em algumas premissas: de que não há mais divisão entre vida “real” e vida digital para as pessoas, e que o Big Data será a ponte para crescer no futuro.

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A operadora pretende ampliar em 25 vezes seu potente banco de dados  até 2019. Se no Brasil não são permitidas, pela legislação local, aquisições como a da Verizon, que adquiriu a American Online e recentemente o Yahoo! , ou ainda a AT&T que comprou a gigante Time Warner, ou o movimento da própria Telefonica  na Espanha ao adquirir a Digital Plus, isso não muda a realidade: vídeos devem compor 80% do tráfego da internet no mundo em no máximo dois anos, e o mobile será, cada vez mais, a principal ferramenta de acesso a ela. Como lidar com isso?

A parceria com a francesa Vivendi possibilitou a criação do projeto Watch Music, há cerca  de oito meses, que possibilitou a oferta de um catálogo de vídeos musicais e, no ano passado, do Studio +, o primeiro serviço de séries de ficção desenhado para a tela pequena. Já foram lançadas 25 séries com 10 episódios de 10 minutos  – legendados ou dublados.  Uma série vem sendo lançada a cada semana.

“A aposta é em vários gêneros, em especial drama e ação, mas há um gap de comédia”, disse Sanfelice, dando a dica para a plateia principalmente formada por produtores de conteúdo na RCM.

Sanfelice diz que a Vivo está aberta para realizar outros investimentos em contúdo – a área de educação, por exemplo, também é de grande interesse da operadora.

“É importante pensar em conteúdo desenhado para mobile”, disse.