Segundo informações da Fundação Dom Cabral, escola de negócios brasileira, uma em cada quatro startups fecha com menos de um ano de funcionamento.  Outras 50% param de funcionar depois de menos de quatro anos. No total, 75% fecham o negócio com menos de treze anos em atividade. Eu sei, essas informações não são nem um pouco animadoras, mas valem como alerta para que seu negócio não entre para essas estatísticas.

Bill Cross, um dos grandes nomes do empreendedorismo mundial à frente da IdeaLab, comentou durante um TED Talk que os cinco pontos principais para o sucesso de uma startup são Ideias, Time, Modelo de Negócios, Investimento e Timing. Porém, após estudar mais de cem startups, algumas com negócios bilionários e outras que simplesmente faliram, observou que dentre esses itens, o Timing respondia por 42% da diferença entre sucesso e fracasso. Ou seja, os projetos que fracassaram eram ótimas ideias e modelos robustos de negócios, mas apostaram no momento errado. Em seguida ficaram time (32%) e ideia (28%).

O que tudo isso quer dizer? Que, primeiro, falhar tem que deixar de ser visto como algo ruim. Principalmente para startups, o timing é o item mais importante, então observe o movimento do mercado em que deseja empreender e coloque seu projeto para rodar, caso contrário, há grandes chances de surgirem concorrentes que, nem sempre terão ideias tão robustas quanto a sua, mas “colocaram o carro na rua antes” (Uber e Airbnb são ótimos exemplos).

Acho que uma correlação interessante é com testes A/B que aplicamos para otimizar a conversão de sites. Teste, teste e teste! Coloque versões diferentes para rodar e veja qual tem melhor aceitação do público. Depois disso, basta focar no melhor projeto e ir aprimorando. Somente assim você ganha velocidade e consegue entregar soluções realmente eficientes para o dia a dia dos seus clientes.

Por fim, destaco que se você, empreendedor, observou um gap em algum mercado específico e conseguiu propor uma solução, não perca tempo com explanações ou os famosos “mas e se”. Bote a mão na massa, coloque o projeto na rua e teste! Hoje existem ferramentas, como mapas de calor, que ajudam a levantar dados, interesses e perfis dos clientes. Somente com tais feedbacks será possível aprimorar sua startup e fugir das estatísticas de “morte” no ecossistema.

Rafael Damasceno trabalha com marketing digital há 10 anos e atualmente é CEO da Supersonic